Comportamento

Pais e professores de escolas infantis privadas preparam protocolo para volta de atividades

Um comitê vai estabelecer cuidados necessários e pressionar autoridades para o retorno

Pais e diretoras de escolinhas estudam medidas e não esquecem da proteção individual utilizando máscaras
Pais e diretoras de escolinhas estudam medidas e não esquecem da proteção individual utilizando máscaras

Um grupo de pais de crianças e diretoras de escolas infantis particulares de Bento Gonçalves manteve encontro na manhã de quinta-feira com a Secretária Municipal de Educação, Iraci Vasques Luches e com o Secretário de Saúde Diogo Segabinazzi Siqueira. A intenção foi a de buscar uma maneira de retomada nas atividades das escolas. O encontro também contou com a participação do presidente do Conselho Municipal de Saúde Luis Fernando Ferreira.

Bento Gonçalves possui 28 escolas particulares que atendem, além das vagas particulares diretas, 700 crianças que são encaminhadas pela municipalidade por conta da falta de capacidade para atender toda a clientela.

Não há unanimidade nem entre pais e nem entre todas as diretoras sobre o retorno, mas quem deseja abrir entende ter o direito de fazê-lo adotando medidas de saúde seguras e com as restrições que o momento exige.

Ontem à tarde um grupo de pais e três diretoras se encontraram para começar a colocar em prática as orientações recebidas pela manhã. Julgaram o encontro positivo. Eles entendem que uma pressão ordenada e regrada é a maneira de abrir a porta para uma gradual volta.

Fomos orientados a formar um comitê – todas as escolas precisam ser comunicadas – e traçar uma estratégia para a um retorno possível, assim como aconteceu com academias e comércio” explica a advogada e mãe e dois filhos com Michele de Freitas Farenzena. “O pequeno (um ano) não sabe ainda o que estamos passando, mas o Álvaro (cinco anos) expressa todos os dias a saudade dos amiguinhos. Eles têm interesses diferentes e por isso exigem muita atenção, conta Michele, que desde março se dedica exclusivamente aos cuidados com a família.

Agora o comitê deve conceber um protocolo com os cuidados de distanciamento e higiene necessários e exigidos pelo decreto estadual. Entre eles equipamentos de higienização, tapetes para a limpeza dos pés, dispersores de álcool gel e formar turmas de alunos reduzidas.

A diretora da Oficina da Criança, Paula Araújo diz entender que nem todas as escolas ou pais de crianças queiram voltar, mas é importante pressionar as autoridades para que cada escola tenha esta opção de retomar as atividades.

O exemplo do comércio, dos empreendimentos de turismo e das academias é citado como parâmetro. A reunião de ontem e a formação do comitê com elaboração do protocolo são vistas pelo grupo como uma forma de pressionar e comprometer as autoridades municipais no convencimento do Governo do Estado de que é possível flexibilizar o isolamento no âmbito das escolas infantis.