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Paciente se recupera após 101 dias internado na UTI do Tacchini
A saída da UTI foi acompanhada de uma homenagem de parte dos profissionais de saúde que estiveram ao lado de Borges durante esse período.

Em 4 de julho, mesmo dia em que completou 61 anos de vida, Alvino Raimundo Borges começava a travar sua luta contra a Covid-19 na UTI do Hospital Tacchini. Nesta terça-feira, dia 14, depois de 101 dias, ele ganhou um novo aniversário para celebrar: a data em que venceu o coronavírus e recebeu alta da terapia intensiva.
Com placas que contavam um pouco dos desafios que o paciente precisou vencer, profissionais que atenderam Alvino ocuparam o corredor para encerrar com palmas o período de tratamento na unidade.
No fim do corredor, esperando na saída, estavam os familiares, que ajudaram a conduzir o paciente até a unidade de internação do Hospital Tacchini, onde ele vai continuar o tratamento. Ainda com dificuldade de fala em função da doença, o paciente deixou a cargo do seu filho, Lucas Borges, a frase de despedida da equipe da UTI. “Muito obrigado por tudo que vocês fizeram por meu pai e por nossa família”, resumiu.
APOIO PARA SUPERAR DIFICULDADES
Durante o período em que esteve internado na UTI, Borges precisou lutar intensamente para sobreviver. Com uma série de complicações, incluindo o comprometimento de mais de 50% da capacidade pulmonar, ele contou com o apoio da equipe de médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos e nutricionistas do Tacchini, além do apoio constante da família por meio das videochamadas.
“Com certeza essa recuperação e alta estão marcados na mente e no coração de todos os profissionais que atenderam o seu Alvino. Suas primeiras evoluções na parte clínica, seus primeiros movimentos e melhora da força muscular. Tudo foi muito marcante. A conquista dele faz com que nos sintamos também vitoriosos”, revela a fisioterapeuta Renata Monteiro Weigert.
Além das limitações físicas impostas pela doença, que o fizeram passar 90 dos 101 dias intubado, Borges precisou lutar também contra os efeitos psicológicos causados pelo período prolongado de internação. Por diversas vezes ele manifestava a vontade de desistir e insistia para não realizar os tratamentos fisioterápicos, passando inclusive por crises de pânico durante o período.
“Devolver pacientes como o seu Alvino à sua família, após uma dura luta de 101 dias, faz valer cada minuto que passamos longe da nossa própria família nessa batalha contra a Covid-19”, descreve a dra. Lislane Freitas. “A vitória dele foi também uma das nossas maiores vitórias durante o período da pandemia”, conclui a dra. Thais Branchi.
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