A esposa de um paciente que está internado por Covid-19, relatou ao Portal Leouve uma denúncia sobre um caso de negligência no atendimento dos profissionais de saúde na tenda de testagens da UPA Central de Caxias.
De acordo com ela, no inicio de fevereiro o marido dela buscou a tenda para fazer o teste de Covid-19 já que apresentava todos os sintomas. Porém, para fechar os dias certos ele teve que remarcar uma outra data para fazer o procedimento, a pessoa que lhe atendeu afirmou que 90% de chance era de dar positivo. Por conta dos sintomas que ele aprestava lhe receitaram um Paracetamol.
Na mesma semana ele passou mal novamente e retornou a tenda da UPA, na solicitação de fazer mais exames, segundo a denunciante, o atendente respondeu “Ele não tem indicação para outros exames, saturação boa, pulmão limpo“. A esposa pediu para ser atendida dentro da UPA, mas foi impedida pois em casos de Covid não poderiam ter acesso a unidade. Nesta data ela descobriu que quem atendia os pacientes nas tendas são residentes.
No último sábado (13) por não suportar a dor nas costas, falta de oxigênio e baixa saturação o Samu foi acionado e levou o paciente para atendimento na UPA Central, sendo transferido para o Hospital Virvi Ramos, devido a gravidade. A esposa conta “Diagnóstico do médico aqui do Hospital Virvi: – Pneumonia com lesão da Pleura , e infecção no sangue, está com antibióticos e no oxigênio“. Por conta disso ela questiona “O que adianta ir na TENDA DO COVID? Se temos um despreparo no atendimento?? Enquanto isso as pessoas vão morrendo e virando estatísticas“.
Diante da situação ela tentou entrar em contato diversas vezes com a Secretaria de Saúde para denunciar o caso, mas não foi atendida.
Em contato com a Secretaria Municipal de Saúde, por meio de nota enviada a reportagem via e-mail, a respostas foi a seguinte:
“Em relação ao caso do paciente, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informa que ele foi avaliado e atendido inicialmente no dia 27 de janeiro, na tenda da UPA Central. O paciente retornou e novamente foi atendido, em outras quatro ocasiões, sempre de acordo com a avaliação médica do quadro de saúde. Cabe salientar que a covid-19 é uma doença ainda sem tratamento comprovadamente eficaz para prevenir o agravamento do quadro.”
O paciente segue internado na unidade hospitalar.