Por muitas vezes os vinhos apresentam dezenas de aromas curiosos e instigantes. Através disso muita gente se apaixona pelo vinho pois são tantos detalhes que nos instiga a aprender cada vez mais. Os aromas e sabores, como sabemos, não são adicionados ao líquido. Essas notas podem surgir através da própria fruta em si – a uva, ou surgir de técnicas de vinificação, e também do processo de envelhecimento – seja na garrafa ou na madeira (barricas). Dependendo do vinho há uma explosão de notas diferentes, e aromas um tanto quanto estranhos. Hoje vamos falar sucintamente de alguns deles:
Banana – o vinho é feito 100% de uva, mas cheira banana? Sim, existe uma técnica chamada maceração carbônica, que é utilizada no famoso vinho tinto Beaujolais (uva Gamay) na França. Então geralmente quando um produtor do mundo cultiva a uva Gamay, aplica essa técnica, e o vinho vem com “banana” e até mesmo lembra chiclete de tutti frutti.
Alcaçuz – é um aroma associado com vinhos tintos, e para conhecê-lo deguste um Barbera da região de Piemonte na Itália, ou um Nebbiolo da mesma região. É um aroma considerado primário (podendo vir da uva em si e não de técnicas). É muito agradável e marcante.
Plástico novo – aqui temos exemplos de vinhos brancos como o Riesling, ou o tão reconhecido Chablis (uva Chardonnay) na França. Este aroma acompanha alguns vinhos brancos que tem a acidez alta, e se o caso for extremo, pode lembrar até mesmo petróleo ao invés de plástico novo, que é o caso do Riesling da região de Mosel na Alemanha.
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Meia suada – o aroma que desagrada muita gente, e por incrível que pareça há quem goste. Ele deriva da oxidação do vinho ou então do tão famoso aroma de Brett – Brettanomyces é uma levedura encontrada no ambiente da vinícola e também na casca da uva. Se ela se desenvolver bem, e atingir o vinho de forma intensa, traz aroma de meia suada ou cachorro molhado. No Brasil existem vários rótulos com níveis diferentes de Brett, que vão do nível leve ao extremo. Se o nível for baixo é quase imperceptível, mas se for médio ou alto algumas pessoas podem sentir com facilidade, e então se desagradar ou admirar.
Xixi de gato – é considerado mais negativo do que positivo, mas vale lembrar que já se tornou clássico em alguns rótulos, principalmente da uva Sauvignon Blanc, alguns da região do Vale do Loire na França. Este aromas deriva de compostos químicos, e assim que as moléculas são quebradas com o oxigênio que entra na taça, conseguimos nitidamente perceber o tal de xixi de gato, também pode ser considerado bom por alguns degustadores, mas de forma geral é defeito.
Bom, estes são alguns do principais e estranhos aromas e agora você já sabe como achar os vinhos e memorizar estes fatores. Você também já tem em mente que é possível encontrá-los por aí e que não será nada fora do normal. Levando em conta que estamos lidando com diferentes olfatos e paladares, portanto nem todos tem a mesma sensibilidade de sentir estas notas nos vinhos.
Tim tim!!!
