Caxias do Sul

Órgãos de Segurança Pública e Legislativo caxiense debatem aumento no número de homicídios na cidade

Reunião ocorreu na tarde desta segunda-feira (30) com objetivo de traçar estratégias no combate do crime contra a vida

(Foto: Alice Corrêa/Grupo RSCOM)
(Foto: Alice Corrêa/Grupo RSCOM)

Ocorreu na tarde desta segunda-feira (30), uma reunião convocada pelos vereadores integrantes da Comissão de Segurança Pública e Proteção Social (CSPPS) da Câmara Municipal de Vereadores, para discutir informações sobre a onda de violência e números de homicídios em Caxias do Sul. Os órgãos de Segurança Pública estiveram presentes, sendo a Polícia Civil, Brigada Militar, Susepe, Instituto Geral de Perícias (IGP) e Guarda Municipal.

O debate foi norteado pelos altos indíces de homícidios na cidade. Apesar das 12 mortes somente em janeiro de 2023, as forças de segurança ressaltaram que o número está sob controle e dentro dos índices aceitáveis, como destacou o Delegado Regional da Polícia Civil, Augusto Cavalheiro Neto. “Sabemos que nenhuma vida deveria ser perdida e todas importam, mas para um município de quase 600 mil habitantes os números estão dentro dos aceitáveis e indicados pela ONU. Os dois últimos anos tivemos os menores índices de homicídios em 20 anos”, disse o delegado.

Conforme o vereador e presidente da Comissão, Alexandre Bortoluz (PP), a reunião realizada juntamente com os órgãos de segurança da cidade busca uma solução para combater os crimes contra a vida.

“A gente tem uma preocupação ao longo deste mandato, nós entendemos da preocupação que a população tem com os índices, principalmente na questão do homicídio neste mês de janeiro de 2023. Então a gente convocou e solicitou. Convidamos todos os órgãos de segurança, para que a gente consiga chegar a uma solução. A gente sabe que não é 100%, mas que a gente consiga atingir o máximo a redução dos índices de criminalidade. Falamos em homícidios abragendo feminicídios também”.

O vereador ainda destacou que uma das prioridades da Comissão é a cobrança junto ao Executivo Municipal sobre o cercamento eletrônico. “Nós precisamos, nós somos a segunda maior cidade do Estado, a primeira maior cidade do interior do Estado. Então a gente tem uma preocupação. Existem municípios menores que nós que já têm esse investimento em segurança pública e esse investimento no cercamento eletrônico”.

Outro impasse definido pelo presidente da Comissão foi a falta de efetivos, ou seja, força policial na cidade. “A gente precisa de órgãos de segurança reforçados seja com efetivo, seja com equipamentos, seja com horas extras para dar condição ideal para o policial militar ou policial civil, enfim, atender a contento o nosso povo caxiense”.

A secretária interina de Segurança Pública e Proteção Social, Suely Rech, abordou que o processo licitatório do cercamento eletrônico que está em andamento vai contribuir para a diminuição da criminalidade na cidade e que toda ocorrência com vítima, principalmente de feminicídio, é uma pauta constante da proteção social. “Diariamente estamos atuando com as coordenadorias na prevenção de qualquer tipo de violência. Trabalhamos nas escolas a capacitação de liderança para que os jovens atuem em suas comunidades e na escola, sobre a não violência e que eles repliquem para que a cultura seja modificada”, disse a secretária interina.

Na questão dos crimes contra as mulheres na cidade, Suely destaca que o município dispõem de uma rede de proteção às mulheres, nas quais todas podem procurar o órgão, independente de haver um boletim de ocorrência contra os agressores ou não, afim de proteger e evitar mais uma morte.

“O que penso que pode evitar toda e qualquer situação de violência são as informações de toda a rede de proteção que o município dispõe, tanto na área pública quanto na área privada. Então a gente sabe que os feminicídios, eles ocorrem dentro ambiente geralmente doméstico, dentro da residência. Então o que a gente não tem essa inserção. Mas é sempre importante que toda e qualquer mulher que se vejam numa situação de violência física, mas, às vezes, uma violência verbal, a ameaça, que ela denuncie. Que ela procure ajuda, e que no município ela pode contar com uma rede de apoio bem estruturada”.

Fotos: Alice Corrêa/Grupo RSCOM

(Foto: Alice Corrêa/Grupo RSCOM)