A Secretaria da Segurança Pública desencadeou a maior operação integrada já realizada em solo gaúcho. Mais de 3 mil homens, de 20 instituições, foram mobilizados para a execução da Operação Pulso Firme, que culminou com a transferência de presos de alta periculosidade para unidades penitenciárias federais.
Segundo o secretário de Segurança, Cezar Schirmer, 27 condenados gaúchos foram transferidos para penitenciárias federais em uma operação que estava sendo planejada há quatro meses. Os presos que foram realocados são considerados líderes de facções e a maioria estava no Presídio Central de Porto Alegre e na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). O transporte foi feito em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e os destinos são penitenciárias federais de Porto Velho, em Rondônia; Mossoró, no Rio Grande do Norte; e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, sendo nove presos para cada.
A Operação Pulso Firme envolveu os setores de inteligência da Susepe, Brigada Militar, Polícia Civil e também o Ministério Público. Schirmer explicou em entrevista coletiva que são três fases da ação. A primeira é a força-tarefa da Polícia Civil e da Brigada em Porto Alegre, com a ocupação territorial através do policiamento ostensivo. Depois vem o sistema integrado entre os municípios do Estado e, por último, o curso de policiais militares que estão em formação e já estão atuando em Porto Alegre e na Região Metropolitana. “Isto é um marco na segurança do Rio Grande do Sul”, afirmou o secretário.
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Toda a ação desencadeada nesta sexta-feira iniciou às 3 horas, quando viaturas da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros começaram a monitorar a BR-290 e ERS-401, que dão acesso à Pasc. Agentes entraram na penitenciária e permaneceram por cerca de duas horas organizando o embarque para o transporte. O comboio partiu do local pouco antes das 7 horas em direção a Canoas, onde chegou às 8 horas. O transporte causou congestionamento na BR-290 nos dois sentidos.
De acordo com o secretário, os presos que deixaram o Estado eram líderes do tráfico de drogas. Eles ordenavam execuções, roubos a banco e planejavam crimes, tudo isso de dentro dos presídios. A imprensa da Capital divulgou a lista com o nome dos presos transferidos, entre eles está José Carlos dos Santos, o Seco, de 38 anos.
