Fotos: Polícia Civil/Divulgação
Fotos: Polícia Civil/Divulgação

A Polícia Civil deflagrou nesta segunda-feira (17) a Operação Sentinela, com foco no combate ao núcleo logístico e financeiro de uma organização criminosa ligada ao narcotráfico no Rio Grande do Sul. A ação foi conduzida pela Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD/Denarc) e pela Divisão de Inteligência (Dipac/Denarc), sob coordenação dos delegados Adriano Nonnenmacher e Rafael Liedtke, com apoio da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Rodoviária Estadual, que atuaram na captura de um dos integrantes do grupo.

Ao todo, 70 policiais cumpriram 29 medidas cautelares, incluindo o bloqueio de contas bancárias, a indisponibilidade de veículos e mandados de busca e apreensão. Conforme a investigação, os ativos bloqueados chegam a R$ 3 milhões, valor movimentado pelo grupo criminoso. Foram presas dez pessoas, além da apreensão de três veículos, drogas e aparelhos celulares.

Três veículos foram apreendidos

Modus operandi e ameaças a autoridades

Durante as investigações, os policiais identificaram que o grupo realizava lavagem de dinheiro por meio de movimentações bancárias estruturadas, pulverização de valores, triangulações, uso de contas de terceiros e pessoas jurídicas. O esquema incluía a compra de veículos para inserir recursos ilícitos na economia formal. Além disso, o grupo teria planejado um atentado contra um desembargador do Estado.

Ligações com operação anterior

Os alvos desta fase são gerentes da organização criminosa com sede no Vale dos Sinos, ligados a líderes detidos em 2019, durante a Operação Borgata. Naquela ocasião, foram sequestrados mais de R$ 10 milhões em bens de luxo no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Os investigados agora responderão por lavagem de dinheiro, organização criminosa e coação no curso do processo.

Para o diretor de Investigações, delegado Alencar Carraro, a nova etapa “é importante na medida em que atinge operadores da alta cúpula do narcotráfico gaúcho, além de dar uma resposta eficaz contra qualquer tipo de tentativa de violência contra autoridades públicas”.

O diretor-geral do Denarc, delegado Carlos Henrique Wendt, reforçou a postura da polícia.

“Qualquer menção a atentados contra autoridades será devidamente apurada, para que os envolvidos sejam exemplarmente responsabilizados nos termos da lei”, afirmou Wendt.