Cidades

Operação mira quadrilha especializada em roubo de cargas de cigarros na região Metropolitana

Criminosos têm vínculos com facção que atua no bairro Mario Quintana, na zona Norte da Capital

Quadrilha especializada em roubo de cigarros é investigada
(Foto: Polícia Civil)

O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil desencadeou, nesta quinta-feira (05), uma operação contra uma quadrilha especializada em roubo de cargas de cigarro nas cidades de Porto Alegre, Alvorada e Canoas. O grupo criminosos, segundo a corporação, tem vínculos com uma facção criminosa envolvida nas recentes disputas por pontos de tráfico no bairro Mário Quintana, na zona Norte de Porto Alegre.

Participam da ação 106 policiais civis, cumprindo 30 ordens judiciais. As diligências abrangem 26 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva.

Conforme as investigações, os criminosos armados rendiam motoristas contratados para transportar cargas de cigarro e os levavam para um local ermo, onde roubavam o material. Foram identificadas quatro ocorrências, todas registradas em Viamão, Cachoeirinha e Guaíba, na região Metropolitana.

Segundo um levantamento feito pela Divisão de Inteligência e Análise Criminal do Deic, apesar do decréscimo de mais de 25% nos roubos a motorista de entrega de cigarro, esta carga segue sendo a mais roubada. “Isso ocorre porque o escoamento do produto do roubo, além de rápido, já que é uma mercadoria vendida em qualquer lugar, como em padarias e mercados, possui alto valor comercial, possibilitando uma rápida rentabilização das facções. Os criminosos utilizam estes valores, muitas vezes, para comprar armas e drogas”, destacou o Eibert Moreira, diretor de investigação do Deic.

O delegado destaca também que um dos alvos da operação possui passagens policiais por homicídio e nove roubos de carga, já tendo sido preso pela Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas. “As investigações seguem em sigilo para identificar toda a quadrilha responsável pelos roubos”, concluiu.

Fonte: Correio do Povo