Em busca de fortalecer as ações de fiscalização no combate à violência doméstica e familiar contra mulheres, a Brigada Militar deflagrou a Operação “Marias” nesta segunda-feira (31). A ofensiva, que ocorreu em 74 municípios do Estado que possuem Patrulhas Maria da Penha, encerrou uma série de ações realizadas em agosto, mês que marca os 14 anos da Lei que dá nome aos patrulhamentos e segurança às pessoas do sexo feminino.
Fiscalizando o cumprimento de medidas protetivas de urgência e prestando apoio às vítimas de violência por razões de gênero, a Operação “Marias” reforçou, das 9h às 17h de hoje, o que preconiza o programa que é acompanhar a situação pós-delito e agir na prevenção de futuros casos, incentivando as mulheres a denunciarem, além de realizar visita a 550 vítimas, apreender armas e munições e efetuar a prisão de agressores.
Além das ações que visaram proteger as vítimas de seus agressores, sobretudo as que estão em situação de vulnerabilidade e correm mais riscos, policiais militares também doaram alimentos, materiais de higiene e agasalhos. Os itens foram arrecadados através da Campanha Caixa Lilás, lançada pela Brigada Militar neste mês de agosto.
“Conseguimos fazer um trabalho muito eficiente, ajudando essas mulheres vítimas de violência doméstica, que muitas vezes guardam para si e não tem coragem de registrar a ocorrência. Hoje estamos aqui, em diversas patrulhas e municípios, oferecendo o apoio e suporte necessários para que consigam se reerguer na vida”, disse a Soldado Bohn, presente na atuação desta segunda-feira e que há dois anos integra as Patrulhas Maria da Penha.
Ao todo, essa edição da Operação “Marias”, em 550 vítimas visitadas, apreendeu duas armas e 132 munições e efetuou a prisão de oito indivíduos. Ainda foram distribuídas 687 cestas básicas e 4.091 agasalhos. Para a realização da operação, 172 policiais militares foram divididos em 73 patrulhas, atendendo um total de 74 cidades gaúchas.
Conforme o último balanço mensal divulgado pela Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, no dia 13 de agosto, os indicadores de violência contra a mulher vêm caindo nos últimos meses. No acumulado de janeiro a julho deste ano, em comparação ao mesmo período de 2019, os casos de ameaça, lesão corporal e tentativas de feminicídio apresentaram baixa significativa. O crime de abuso não diminuiu, mas se manteve estável.