Na manhã desta terça-feira (16), a Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram a Operação Gauteng. O objetivo é combater crimes na cadeia de sucatas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
Através de cruzamento de dados e de uso de informações de inteligência, a Receita Federal detectou indícios de que empresas inexistentes (de fachada, conhecidas como NOTEIRAS) emitiram 4 bilhões de reais em notas fiscais falsas destinadas a grupo de empresas que atuam na cadeia de sucatas.
Durante as investigações, foram identificados três núcleos criminosos que envolvem mais de 80 pessoas e empresas da cadeia de metalurgia e siderurgia. Os núcleos vêm utilizando notas fiscais falsas para burlar órgãos fiscalizadores, sonegar impostos e “esquentar” mercadorias roubadas.
Durante coletiva de imprensa, foi citado que a operação teve início ainda no ano de 2019, sendo que esta etapa, chamada de fase ostensiva, foi fundamental para a coleta de documentos e informações que serão relevantes para o restante da operação.
Foi apurado que, além de operações com sucatas, o operador do esquema transacionou bilhões em notas fiscais de OURO. Há suspeitas de que tais transações possam estar relacionadas a crimes de lavagem de dinheiro, extração ilegal de minérios, sonegação de impostos e outros delitos.
Visando continuidade das investigações, o Poder Judiciário Federal determinou execução de 59 Mandados de Busca e Apreensão em empresas e em residências de pessoas que participam do esquema criminoso.
Operação em Números:
R$ 4 bilhões em transações fraudulentas;
59 Mandados de Busca e Apreensão;
280 Servidores da Receita Federal e Polícia Federal;
75 Viaturas da Receita Federal e Polícia Federal.