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Operação do MP de São Paulo prende 14 por suspeita de fraudar R$ 200 milhões em licitações para beneficiar o PCC

Entre os presos, três vereadores de Santa Isabel, Cubatão e Ferraz de Vasconcelos. Há evidências de corrupção de agentes públicos e políticos também em crimes como fraudes documentais e lavagem de dinheiro

Foto: Divulgação
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O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP/SP) iniciou, desde o início da manhã desta terça-feira (16), a operação de desarticulação de um grupo criminoso ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), que teria fraudado licitações de contratação de mão de obra terceirizada em todo o Estado, somando mais de R$ 200 milhões em contratos nos últimos anos. Três Vereadores foram presos: Ricardo Queixão (PSD), de Cubatão, na Câmara desde 2012; Flavio Batista de Souza (Podemos), de Ferraz de Vasconcelos, em seu terceiro mandato; e Luiz Carlos Alves Dias (MDB), de Santa Isabel, que presidiu a Câmara entre 2013 e 2014 e de 2019 a 2020. Mais 11 pessoas já haviam sido presas por volta das 10h.

Os alvos da operação contam com vereadores e agentes públicos de vários municípios de São Paulo. Segundo as investigações, o grupo possuía várias empresas e forjava concorrências em Prefeituras e Câmaras Municipais, fraudando os processos licitatórios de contratação de mão de obra terceirizada. Na operação, foram expedidos pela 5ª Vara Criminal de Guarulhos, 42 mandados de busca e apreensão e 15 de prisão temporária, entre as quais algumas contra agentes públicos.

A operação conta, além do Ministério Público, com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a Polícia Militar. Ainda há contratos em análise nos municípios de Guarulhos, São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, Arujá, Santa Isabel, Poá, Jaguariúna, Guarujá, Sorocaba, Buri, Itatiba, entre outros.

De acordo com as investigações, as empresas simulavam a concorrência da contratação com empresas parceiras ou mesmo de outras do mesmo grupo. Os promotores verificaram também que há evidências de corrupção de agentes públicos e políticos (secretários, procuradores, presidentes de Câmara de Vereadores e pregoeiros) em vários outros crimes, como fraudes documentais e lavagem de dinheiro.

A operação prendeu também o advogado de um dos criminosos mais procurados do país: Áureo Tupinambá de Oliveira Fausto Filho representa André de Oliveira Macedo, o André do Rap, apontado pelas autoridades como envolvido no tráfico internacional de drogas.

Fonte: UOL