Agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) iniciaram a retomada do território Yanomami, em Roraima, com ações para proteção dos indígenas e combate ao garimpo ilegal. Até a noite de terça-feira (7), um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas de apoio logístico aos garimpeiros já haviam sido destruídas pela força-tarefa, que tem apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Força Nacional de Segurança Pública. Também foram apreendidas duas armas e três barcos com cerca de 5 mil litros de combustível.
As embarcações também carregavam uma tonelada de alimentos, freezers, geradores e antenas de internet, que também foram apreendidos. A ação integrada, iniciada na segunda, 6, é realizada pelo Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do Ibama, que monitora pistas de pouso clandestinas na região. O objetivo é inviabilizar linhas de suprimento e rotas que abastecem e escoam a produção do garimpo, além de garantir a permanência das equipes de fiscalização por prazo indeterminado.
O Ibama também fiscaliza distribuidoras e revendedoras responsáveis pelo comércio irregular de combustível de aviação que abastece os garimpos. A Polícia Federal investiga o crime de genocídio contra os Yanomamis.
O entendimento das instituições é que o avanço dos garimpeiros resultou em uma crise humanitária na terra indígena. As ações foram acompanhadas pela Procuradoria Nacional de Defesa do Clima e do Meio Ambiente, da Advocacia-Geral da União (AGU).