Em combate à guerra entre facções na Região Metropolitana de Porto Alegre, 18 aparelhos celulares foram apreendidos em operação na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). A ação foi realizada pela Polícia Civil e Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) na última segunda-feira (26). Os resultados divulgados nesta terça (27).
Durante o procedimento, cerca de cem celas foram revistadas pelos agentes, que estavam com mandados de busca. Ainda assim, além dos telefones, foram localizados outros 23 periféricos, tais como carregadores e fones de ouvido. Os focos da operação foram os pavilhões A e B. Nestes dois espaços estão membros de uma organização que tem envolvimento direto com crimes ocorridos recentemente no Vale dos Sinos.
No dia 15 de setembro, também em virtude da guerra de facções, 13 lideranças do crime organizado foram transferidas para penitenciárias federais localizadas em outros estados. Posteriormente, cerca de dez detentos foram transferidos para cadeias, estes foram para a Pasc e a Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan). Mais de 60 suspeitos foram presos desde a intensificação do conflito, em agosto.
Penitenciária de Charqueadas
Com informações: Rádio Guaíba
Veja ainda: Eleitores não podem ser presos a partir desta terça-feira
A partir desta terça-feira (27), os eleitores não podem ser presos por qualquer autoridade. Entretanto, a exceção se aplica em casos de flagrantes ou condenações por crimes inafiançáveis. Ainda assim, se a pessoa impedir o direito de transitar de outro cidadão, prejudicando o livre exercício do voto. Portanto, quem for pego praticando o delito poderá ser preso pela autoridade policial.
A regra e as exceções constam no Artigo 236 do Código Eleitoral (Lei 4.737/1965). A lógica do dispositivo, herdado de normas eleitorais antigas, é impedir que alguma autoridade utilize seu poder de prisão para interferir no resultado das eleições.