A operação Car Wash foi deflagrada pela Polícia Civil, com apoio da Brigada Militar, na manhã desta terça-feira (15). As ações abrangeram municípios da região metropolitana e do interior do Rio Grande do Sul, bem como cidades de Santa Catarina.
A operação é consequência de investigação, conduzida pela 1ª Delegacia de Polícia de Gravataí, sobre lavagem de dinheiro obtido pela prática de tráfico de drogas. No esquema, criminosos faziam compra de imóveis, carros de luxo e a compra e venda de veículos com movimentação financeira que chegou a R$ 17 milhões em apenas doze meses. Uma empresa de fachada era utilizada pelo gripo.
A investigação iniciou em 2022, a partir de troca de informações entre a Brigada Miitar e a Polícia Civil. Naquele momento, foi deflagrada a operação Big Fish, quando parte das lideranças da organização criminosa, com base no Vale do Rio dos Sinos, foi presa.
De acordo com o delegado Eduardo Amaral, responsável pelo trabalho, os lucros obtidos com a venda de drogas eram enviados para contas bancárias de integrantes da organização criminosa, ou de seus familiares. Posteriormente, os criminosos faziam investimentos na compra de bens móveis e imóveis de luxo. além da compra de carregamento de entorpecentes e armas de fogo e na compra e venda de veículos a partir de uma empresa com sede em Viamão.
A investigação identificou, ainda, que a conta central do esquema era vinculada a uma revenda de automóveis, que recebia valores do tráfico para a compra de veículos. A empresa transferia com frequência carros e dinheiro para membros ou familiares do grupo criminoso. Ao longo dos 12 meses de atuação, a empresa fez negócio com mais de 50 integrantes da facção, movimentando mais de R$ 17 milhões.
Ao todo, a operação Car Wash contou com 124 medidas cautelares (mandados de prisão e de busca e apreensão, além de bloqueio de bens e ativos). Os trabalhos ocorreram nas cidades de Viamão, Garibaldi, Sarandi, Santo Ângelo, Porto Alegre, São Jerônimo, Canoas, Sapucaia, Novo Hamburgo, Estância Velha e Imbituba (SC).