Comportamento

"O risco existe, mas por enquanto hospital não fecha", diz superintendente

"O risco existe, mas por enquanto hospital não fecha", diz superintendente

Passada uma semana da reunião para tratar da crise financeira do Hospital Beneficente São Carlos, as notícias são animadoras. Isto porque, o poder público resolveu protelar o desconto que seria realizado nesse mês de julho, referente ao adiantamento de verbas para a casa de saúde feitas ainda no mês de fevereiro. Com isso, a direção do hospital consegue ter um alivio financeiro para os próximos meses.

Conforme a superintendente do Hospital São Carlos, Janete Toigo, ainda existe o risco, mas por enquanto o hospital não fecha.

“O risco ainda existe, mas por enquanto o hospital não fecha. Conseguimos ao longo da semana bons resultados e um deles é o não desconto por parte do município, do adiantamento de R$ 1 milhão feito em fevereiro, o que nos possibilita respirar mais um pouco. Estamos aos poucos recuperando a credibilidade do hospital, vamos conseguir pagar os médicos, ou seja, aos poucos estamos colocando a casa em ordem”, destaca.

Superintendente do hospital São Carlos, Janete Toigo. Foto: Emilio Nunes/Grupo RSCOM

De acordo com a superintendente, o que mais pesa na recuperação da casa de saúde é a divida de R$ 40 milhões. “O que prejudica o hospital e que leva o perigo de fechar é essa divida astronômica, porque precisamos renegociar com os credores e os recursos são poucos, sem contar nos juros que sobem a cada dia”, afirmou.

Janete falou também sobre os repasses oriundos dos governos Federal e Estadual, segundo ela os recursos vem para Farroupilha e é o município quem repassa para o hospital.”Esse município é gestão plena, ou seja, os recursos vindos da União e do Estado vem para Farroupilha e é o município que repassa ele para o hospital. Então quem tem que fazer essa negociação com o Estado e a União é o município, porque nós somos prestadores de serviço para o município o qual tem a gestão plena eles é que negociação isso. Com relação a dívida do Estado, os nossos repasses tem vindo certinho, sem problema nenhum, mas se houver essa dívida é o município que tem que tratar com o estado”, salientou.

A direção do hospital São Carlos segue renegociando as dividas com os credores e espera conseguir recuperar a credibilidade da instituição o mais breve possível. Na última terça-feira, dia 27, aconteceu uma importante reunião com representantes da empresa Rio Grande Energia (RGE), o hospital deve cerca de R$ 1,3 milhões a distribuidora de energia elétrica. Segundo Janete Toigo, o encontro foi produtivo, mas alguns fatores burocráticos impedem por exemplo, que a população possa doar um valor em dinheiro para ajudar a quitar a dívida com a RGE.