O reinado do anti-Cristo

Desde o ano um sabemos da existência do ódio a Jesus Cristo e seus seguidores. Primeiro João Batista foi decapitado a pedido da cunhada de Herodes, com quem o rei tinha relações[1]. Depois o próprio Cristo foi preterido, o criminoso Barrabás solto e, sem crimes, o Filho de Deus foi torturado, crucificado e morto. Estavam assim pagos nossos pecados.[2]

A perseguição não sessou após a crucificação de Jesus. Seus discípulos um a um foram capturados e mortos. Os governantes os consideravam perigosos, porque causavam agitação ao professar a palavra de Deus ao povo e fazer com que estes vissem que o importante é a salvação da alma e não a servidão a um rei. Com Constantino Roma tornou-se cristã. No entanto, isso não terminou com o ódio daqueles que servem a outra entidade. As mortes continuaram. Assim, tivemos a Revolução Francesa e agora novamente na França do século XXI.

Os cristãos quando viram a histórica Catedral de Notre-Dame em Paris pegar fogo tiveram certeza: a França não é mais católica. A Europa não é mais católica. O mundo não é mais católico. Contudo, não é um simplesmente deixar de lado suas antigas crenças que ocorre, no lugar do cristianismo, do amor ao próximo, criou-se uma cultura de puro ódio, a qual o único desejo é o de matar quem ama a Cristo. Até o ex-primeiro-ministro da Malásia afirmou que certos grupos têm o direito de matar os cristãos franceses[3]. A ONU pediu para que os líderes denunciem o discurso de ódio[4], porém o discurso de ódio para a elite globalista é declarar amor aos valores cristãos, ou seja, podemos esperar mais censura aos católicos.

Neste contexto, vimos na última semana de outubro vários ataques e tentativas de ataques terroristas na França: Nice[5], Satrouville[6], Toulon[7], Lyon[8] e Avignon[9], todos em menos de seis horas! Em Nice, um terrorista de 21 anos vindo da Tunísia em um barco ilegal em setembro passado[10], inclusive recebido de braços abertos pelos “europeus”, decapitou uma mulher e matou outras duas pessoas, sendo uma brasileira[11]. Os ataques têm sido recorrentes na França, mas a mídia dá pouca cobertura e não utiliza o termo terrorista quando se refere aos criminosos[12]. Ela também reluta para divulgar nome e origem, tudo em prol do politicamente correto, da agenda esquerdista.

Quando em outubro o presidente Bolsonaro falou da cristofobia em seu discurso para o ONU, os jornalistas radicais de esquerda o ridicularizaram. De fato, a fala é ridícula na medida em que a perseguição sofrida pelos católicos é historicamente registrada. Ela torna-se mais ridícula ainda quando vemos que os ataques aos cristãos têm se intensificado nos últimos anos. Os casos que acontecem na China[13], Nigéria[14], Nicarágua[15], Chile[16] sequer ganham destaque na mídia de extrema esquerda. Tudo normal, as mortes são apenas de fundamentalistas que atacam as minorias quando pegam seus terços, dobram os joelhos e pedem para que Deus olhe por todos.

Mais de cem mil cristãos mortos[17] e 250 milhões perseguidos[18] por ano não é nada mesmo. Na realidade, deve ser pouquíssimo para os comunistas radicais que sempre odiaram a moral voltada ao amor a Deus e a família dos católicos. Para estes extremistas, o Estado, dominado pelo partido comunista, é que deve ser adorado e louvado tomando o lugar de Deus. Afinal, a religião é o ópio do povo.

É triste, porém, ver muitos católicos calados diante deste genocídio. Grande parte dos fiéis acha que essas coisas acontecem apenas na Europa. Mero engano. A cultura anti-Cristiã já impera no Brasil e na América Latina[19]. Está disfarçada muitas vezes sob o manto do “estado laico”. Símbolos e orações católicas são proibidos em repartições públicas[20] e escolas[21]. Alguns dias atrás, eu assistia um programa antigo do Casseta e Planeta o qual mostrava uma comissão do Congresso Nacional. Na parede atrás do presidente da comissão existia um crucifixo. Hoje, nada existe lá (talvez o nove dedos o tenha pegado[22]), amanhã, poderemos ter uma bandeira do partido comunista ou da pátria grande. Portanto, pouco surpreende as enchentes, furacões e pestes recentes. Elas são o castigo para uma humanidade que virou as costas para Deus, entregou-se às mentiras do inimigo e reforça dia após dia o desejo de matar. A cristofobia é a norma no reinado do anti-Cristo.

[1] São Marcos 6, 17-29

[2] João 18,1 – 19,42

[3] https://tercalivre.com.br/ex-primeiro-ministro-da-malasia-diz-que-muculmanos-tem-o-direito-de-matar-franceses/

[4] https://www.dn.pt/mundo/onu-condena-ataques-em-franca-e-pede-que-lideres-denunciem-discurso-de-odio-12980626.html

[5] https://leouve.com.br/esfaqueamento-no-interior-de-uma-igreja-deixa-tres-mortos-em-nice

[6] https://www.rt.com/news/504926-france-attack-sartrouville-nice/

[7] https://insiderpaper.com/france-toulon-train-station-evacuated-bomb-threat/

[8] https://selangorexpress.com/world/fresh-tragedy-averted-lyons-district-mayor-hails-police-who-arrested-man-with-long-knife-after-suspected-terror-attack-in-nice-2/