Caxias do Sul

"O medo do cidadão é a munição do criminoso" diz delegado sobre facções

Delegado Adriano Linhares, tranquiliza população sobre ataque de criminosos. Foto: Reprodução/RSCOM
Delegado Adriano Linhares, tranquiliza população sobre ataque de criminosos. Foto: Reprodução/RSCOM


Delegado Adriano Linhares, tranquiliza população sobre ataque de criminosos. Foto: Reprodução/RSCOM

O titular da Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Caxias do Sul, Adriano Linhares, procurou tranquilizar a comunidade em relação a atuação das facções na Serra Gaúcha. Em conversa com o Portal Leouve, ele afirmou que investigações estão sendo feitas no intuito de reprimir as ações dos bandidos.

Por conta dos últimos acontecimentos envolvendo as facções que vieram à tona, Linhares acredita que as remoções de presos para unidades federais se mostram mais que necessárias. “Prender preso tem se tornado rotina para a Polícia Civil. Creio que a medida mais adequada para os casos concretos devem ser mais ácidas no sentido de aplicação de Regime Diciplinar Diferenciado (RDD) aos mandantes”, afirma.

Em relação a guerra entre as facções, ele acredita que em partes ela existe, entretanto, a rotulação se manifesta pela própria interpretação externa que aflora o imaginário da população com o “sinistro da violência”. Conforme Linhares, o medo do cidadão é a munição do criminoso e o Estado tem condições de dar a resposta adequada.

Sobre os ataques dos bandidos que provocaram incêndios criminosos e mortes na Serra, Linhares considera que são “idiotas e inconsequentes” que sentem prazer por matar covardemente um sujeito que sequer conhecem. Para o delegado o fato ocorre a mando de detentos “imbecis e covardes” que se julgam valente atrás da segurança de um muro de 8 metros de altura.

O delegado também acalmou o setor do comércio caxiense que na semana passada foi alvo de dezenas de áudios e mensagens atribuídos a uma facção que tentava extorquir os comerciantes. Linhares avisa que o empresário que se propuser a corresponder à extorsão, somente estará oxigenando o crime e alimentando a violência que o rodeia.

“Trata-se de uns malandros que buscam dinheiro de todo modo e encontraram mais uma via de obter lucro com o crime. Se com esses golpes arranjarem 2 mil reais por semana, tirando de uma vítima desavisada e temerosa, já estão no lucro”. Alerta.
Quanto as mortes provocadas nos ataques desses grupos organizados, ele afirma que são objeto de investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) que já teriam várias pistas sobre os assassinatos.