Oriundo da igualdade material operária, de circunstâncias “desimportantes” da vida, faz estabelecer um desagrado entre as classes, nega-se que ele poderia ser reconhecido como de superioridade moral e intelectual, pois, afinal saiu do mesmo meio que eles e cujos primeiros obstáculos todos testemunharam. Padece-lhes o orgulho em terem que assumir sua ascensão, qualquer que se eleve acima da qualidade comum, estabelece um conflito com a inveja e o ciúme.
Aqueles que se consideram inábeis de alçar a altura na qual ele se “encontra”, lutam para depreciá-lo por meio de calúnias e difamações; quanto mais contundente gritam, menores se acham, acreditando que se enaltecem e o depreciam pelo bramido.
Tal foi e é a História dos homens, enquanto estes não compreenderem a natureza espiritual e que, o ódio é fluído que envenena a alma, não veremos horizontes morais. Desta dita, notamos que a intolerância ideológica é característica dos Espíritos que ainda não alcançaram o grau evolutivo previsto na igualdade irmanada e fraterna, tomando seu ego como ponto de comparação de tudo.
A sociedade revela-se controversa em muitos momentos, especialmente quando se trata das relações pessoais. Na mesma construção, lembramos que os ensinos de Nosso Senhor Jesus Cristo produziam fascínio. No entanto as pessoas não conseguiam desconsiderar o fato de ser Ele o filho de um simples carpinteiro.
Deduzimos assim que não se revelariam surpresos se a origem de Jesus fosse outra, advindo de classe social mais elevada – a dos “bem nascidos.”
E, chegando à sua pátria, ensinava-os na sinagoga deles, de sorte que se maravilhavam, e diziam: De onde veio a este a sabedoria, e estas maravilhas?
Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, e José, e Simão, e Judas?
Mateus 13:54,55
Escrito por Mauro Falcão, em 06.04.2018, para: Tábuas da Verdade.