O Brasil do vale tudo

Para um bom fã de qualquer esporte, olhar para o nosso país atualmente é uma tristeza. Não existem regras, o juiz arbitra coisas iguais de forma diferente, os atletas se esforçam por serem medíocres. Um horror! Daria assunto para uma tese de doutorado.

Vemos os defensores do impeachment de Dilma num “clinch” (quando um boxeador se agarra aos outros para evitar o combate) para impedir os golpes advindos das investigações, usando os mesmos golpes que até bem pouco tempo atrás eram considerados “baixos”. É golpe baixo para o outro, para eles não mais. Um exemplo claro é a tal da “abertura de crédito suplementar”. O governo ilegítimo agora resolveu abrir “crédito suplementar” para confecção de passaportes (aparentemente com dinheiro da educação). Ora, Dilma não foi deposta pelos tais créditos suplementares, que foram considerados pelas “excelências” como “pedaladas fiscais”?

Vemos também um Congresso Federal tosco, medíocre e venal, que vive brincando na Ilha da Fantasia com a vida dos outros. A reforma trabalhista avança e vai a votação. Enquanto isso, o judiciário propõe projeto para, na contramão da reforma trabalhista, aumentar benefícios que serão perdidos pelos assalariados. Gostaria de perguntar quantos desses senhores: deputados, senadores e judiciário foram trabalhadores da vida real, com carteira assinada, descontando Imposto de Renda e pagando tudo direto no contracheque. Uma vergonha! Mas vale tudo, não é?