Comportamento

“O arquiteto é o médico da casa”, diz presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do RS

No Dia do Arquiteto, profissional fala sobre a importância da arquitetura durante a pandemia

“O arquiteto é o médico da casa”, diz presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do RS

Ao impor a reorganização das rotinas e hábitos de modo geral, a pandemia exigiu um novo olhar para os espaços que nos cercam: da casa ao ambiente de trabalho, passando pelo mercadinho de bairro, a loja de roupas, o salão de cabeleireiros, entre outros. A adaptação dos espaços de convivência à nova realidade fez-se mais necessária do que nunca.

O profissional de Arquitetura e Urbanismo é quem tem o conhecimento e as habilidades necessárias para reorganizar, repensar e adaptar os espaços, sejam públicos ou privados, do lavabo ao bairro inteiro, priorizando sempre a qualidade de vida.

O presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (CAU/RS), Tiago Holzmann da Silva, ressalta como, neste período, marcado pela grave crise sanitária, a profissão foi reconhecida por grande parte da sociedade, que procurou o serviço de arquitetos e urbanistas para melhorar sua casa, seu negócio, garantir mais segurança e saúde para suas vidas.

“Na arquitetura, especialmente na nossa atividade, isso resultou em uma procura muito grande pelos profissionais arquitetos, pra que a gente pudesse auxiliar as famílias, os pequenos comerciantes, a adaptar os seus espaços, a fazer as reformas necessárias para adaptar seus espaços a essas exigências da pandemia. Então isso acabou tendo um reflexo positivo na profissão, que foi o reconhecimento de uma parcela cada vez maior da sociedade, desse trabalho que nós realizamos, o trabalho do arquiteto, que é justamente resolver os problemas de espaço”, relata. “A gente costuma dizer que o arquiteto é o médico da casa, então se a casa tem alguma doença, é o arquiteto que vai, cura, melhora”.

O arquiteto e urbanista deve ser lembrado não apenas por obras monumentais, muitas delas cartões-postais em todas as partes do mundo, mas também pela sua atuação qualificada nas pequenas transformações de grande impacto no cotidiano de um indivíduo, de colegas de trabalho, de uma família, dos moradores de um bairro.

Para as periferias, onde é inviável o “fique em casa, lave as mãos”, foi iniciado programa de assistência técnica na área da saúde para “curar as casas doentes”, reformando, iluminando, ventilando, estabilizando, construindo um banheiro, levando o remédio da arquitetura aos seus moradores.

Estamos próximos do começo de um novo ano, e com ele vem a esperança de tempos melhores. O presidente ressalta que a expectativa é de que o reconhecimento da Arquitetura por parte da comunidade siga crescendo cada vez mais, mesmo diante das dificuldades que ainda serão enfrentadas no próximo ano, e que os profissionais sigam fazendo a diferença na vida das pessoas.