Infelizmente estamos vivendo tempos difíceis. O país vive uma crise política, financeira, de confiança e muito mais que isso, uma crise moral dos brasileiros, em um parcela talvez menor, entretanto, que tem sua influência. Vivemos uma crise de egoísmo, ganância e intolerância jamais vista, na minha opinião. Todas estas ‘crises’ fazem com que eu conclua que hoje estou vivendo o dia 7 de setembro mais triste da MINHA história de 40 anos de vida.
A crise política é uma vergonha. Nunca tivemos tantos escândalos de corrupção no país. Um atrás do outro. Um dia é ex-ministro (já condenado!) delatando ex-presidentes, no outro, malas com mais de R$ 51 milhões em espécie é encontrado dentro de um apartamento alugado por outro ex-ministro, que também já cumpre pena com prisão domiciliar. O atual presidente também é investigado. No senado, centenas também respondem processos por desvios, vantagens indevidas e enriquecimento ilícito. Bom, e na Câmara Federal??? O mesmo cenário. Cabe ressaltar que em ambos os locais, também transitam pessoas do bem. Também tentam fazer um trabalho justo e honesto, representantes do povo na mais alta concepção da palavra. Existem aqueles que não se corrompem. Existem sim bons políticos, infelizmente uma minoria. Mas existem.
Fato, é que a corrupção começa dentro de casa e com o tal do ‘jeitinho brasileiro’ pra se resolver problemas, que muitas vezes significa lesar alguém. A falta de moral está na fila que tentamos furar, no troco errado que não devolvemos, no ‘gato da TV a cabo’ ou da conta de luz.
Vivemos uma crise ética que não tem escrúpulos na hora da traição que também ocorre dentro dos lares, nas relações pessoais entre casais.
Vivemos uma crise moral onde a opinião não é respeitada. Se eu penso que o amarelo é bom, os adoradores do verde dirão que eu sou totalmente errado e virão as palavras de ódio e raiva simplesmente porque NA MINHA OPINIÃO gosto do amarelo.
Preferências na política, futebol e religião, principalmente, tornam-se motivos para discussões que culminam com acusações e ofensas pessoais sem nenhum escrúpulo.
A busca incessante por dinheiro não tem limites. O egoísmo, neste caso, ultrapassa qualquer forma de ética. Busca-se o seu bem pessoal, e o resto não importa.
O respeito com o próximo inexiste. Sempre digo que problemas financeiros todos nós temos em algum momento, entretanto, encara-los e enfrenta-los é melhor opção. Um parte das pessoas prefere sumir, não dar ‘as caras’ e deixam de lado os credores. Não importam-se com o próximo.
Palavra??? Esqueçam. Pessoas comprometem-se com datas, contratos e acordos, esquecem o que trataram, ‘não lembram’, o que acertaram, prejudicam direta e indiretamente alguém e é isso…
A ‘justiça resolve’!!! Justiça??? Tá bom…
Gratidão??? O que é isso??? Infelizmente uma parte significativa da sociedade não sabe o real sentido desta palavra.
Hipocrisia??? Tem por todo lado. E o pior. Muita gente não enxerga e acaba sendo enganado por muitos que falam uma coisa e fazem totalmente o contrário.
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E o simples ‘bom dia’? O ‘tudo bem’? O ‘por favor’??? Artigo raro…
Nossa crise é muito maior do que é visível todos os dias na televisão e nos jornais.
O ‘7 de setembro’, dia da independência do nosso país traz, pelo menos pra mim, uma reflexão muito maior quanto à nós brasileiros. Acredito que neste ‘feriadão’ proporcionado pela data, podemos sim avaliar o quanto somos responsáveis por tudo que acontece em nosso amado país…
Bom, só citei os aspectos ruins, em contrapartida de tudo isso somos milhões de pessoas do bem. Somos milhões que trabalham todos os dias, que tem compaixão, que exercem atividades beneficentes sem exposição nas redes sociais, que conversamos sim sobre política, futebol e religião respeitando a opinião do outro, que tratamos com educação as pessoas com as quais convivemos, que buscamos ser justos e corretos em nossas ações…
Estes é quem devem tomar a frente e começar a mudança que tanto precisamos em nossa nação.
Coerência. Precisamos ter consciência que nossas atitudes em nossa casa, em nossa rua, nosso bairro, em nossa cidade e estado, e que vão começar o processo que poderá mudar o Brasil.
Quero muito voltar a escrever daqui um ano que, aquele não será o 7 de setembro mais triste da minhá história, e sim, o primeiro onde o povo trouxe de volta a esperança de um país melhor.
Que a foto que ilustra este artigo, seja com um brasileiro sorrindo, e não, com um olhar triste de um povo com medo do que vem pela frente.
Que sejamos maioria em busca de um novo Brasil.
Com reciprocidade nas ações. Talvez tratando as pessoas da forma como gostaríamos de sermos tratados comecemos a buscar o melhor para a nossa sociedade.
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