Caxias do Sul

Número de roubos a residência aumentam em Caxias; homicídios diminuem

Número de roubos a residência aumentam em Caxias; homicídios diminuem

Os dados do primeiro semestre na área de segurança pública em Caxias do Sul foram apresentados à imprensa na manhã desta sexta-feira (12) no auditório do 12° Batalhão de Polícia Militar. Os números, em grande maioria, apresentam queda significativa. Por outro lado, a “pedra no sapato” das forças de segurança tem sido os roubos a pedestres, assaltos em residências e furtos de veículos.

Nos seis primeiros meses de 2019, o número de casos de homicídio caiu 27% em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a junho, foram registradas 39 ocorrências, contra 54 de 2018. O patamar apresenta que a polícia caxiense atingiu uma meta estipulada pela Secretaria Estadual de Segurança Pública.

O número de roubos a estabelecimentos comerciais, de ensino e financeiros, também diminuiu. Foram 56 casos no primeiro semestre de 2019, 30% a menos que no ano passado.

O outro lado da corda

A “pedra no sapato” da Brigada Militar (BM) tem sido o aumento de furtos de veículos, roubos a pedestres e a residências. Foram registradas 744 ocorrências de roubos a pedestres, principalmente na área central da cidade, de janeiro a junho. Mesmo que o dado apresente 9% de redução, a meta da polícia não foi atingida. Isso porque, a SSP determinou, no início do ano, que o número ficasse abaixo de 739. Já às residências e famílias foram alvo de 14 assaltos até o dia 30 de junho. Em 2018, foram 9. O aumento é de 56%.

De acordo com o subcomandante do 12° BPM, Major Ubirajara, este tipo de crime só terá uma redução nos índices quando os autores forem reconhecidos e presos. Por isso, a importância da união e parceria com a Polícia Civil para elucidar estes delitos.

“É um tipo de delito que o policiamento preventivo tem dificuldade. O roubo a residência é dentro da residência. Os bairros estão pulverizados. Não há uma área específica, tanto que alguns aconteceram na área rural, afastado da cidade. O modus operandi desse pessoal que pratica, eles escolhem as vítimas aleatoriamente. Quando não há um planejamento, por exemplo, o do cofre havia uma informação. Geralmente eles escolhem um alvo, pegam a pessoa chegando em casa, aproveitam e entram com a vítima pra dentro de casa e o delito acontece dentro da residência e não perceptível aos olhos de quem está na rua. Este é um delito que necessita dessa integração que fizemos com a Polícia Civil. De tentar identificar esses indivíduos. Os veículos. Trocar informações com a Civil. Fazer o reconhecimento desse pessoal que pratica os crimes. Dentro dessa troca de informação com a Polícia Civil conseguir deixar esse pessoal preso e aí os índices vão reduzir”, salienta.

Os furtos de veículos também aumentaram: 15%. Este ano foram levados 545 automotores entre carros, motos e caminhonetes. As investigações ficam a cargo da Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas, a Draco, comandada pelo delegado Adriano Linhares, que estava na coletiva, junto do delegado Rodrigo Kegler Duarte e demais representantes da Polícia Civil. O furto de veículo é um crime complexo e que pode ter quatro resultados distintos: ou os veículos são depenados por usuários que trocam peças por drogas; desmanchados para comercialização das peças; os veículos, mais novos e motores potentes, utilizados para outros crimes ou despachados para outros estados; e as caminhonetes que, na grande maioria e mais novas, são encaminhadas para países como Uruguai e Paraguai, já clonadas.