A Operação Verão Total 2023/2024 tem o maior número de salvamentos comparado com as últimas quatro edições. Até o dia 17 de fevereiro foram o Corpo de Bombeiros Militares do Rio Grande do Sul registrou 679 resgates, o total de resgates na Operação passada foi de 545. Capão da Canoa registrou o maior número de salvamentos, 170, seguida por Torres que contabilizou 89. As guaritas que mais registram casos são as 75 e 76, de Capão da Canoa, e as 10 e 11 de Torres.
O coordenador operacional da Operação Verão Total, major Daniel Moreno explica que nas guaritas 75 e 76, em Capão da Canoa, os acidentes ocorrem devido a densidade populacional. Por ficarem localizadas na região central o movimento dos turistas é maior. Desde as primeiras horas da manhã o entorno das guaritas já apresenta uma movimentação intensa.
Por outro lado, o motivo das guarita 10 e 11, localizadas em Torres, estarem entre as que mais registram casos de afogamentos é devido a formação de correntes de retorno.
De acordo com o major Moreno, para aumentar a segurança dos banhistas nessas guaritas, o Corpo de Bombeiros Militares do Rio Grande do Sul intensifica a presença de guarda-vidas, aumenta o número de ações de prevenções, além da presença da moto aquática.
O sargento David Olkoski atua há 18 anos nas operações de verão como guarda-vidas. Ele explica que no início desta temporada o mar estava mais agitado, e que 90% das ocorrências ocorreram entre o final de dezembro e início de janeiro.
Até 17 de fevereiro, em Capão da Canoa, na guarita 76 foram registrados 26 casos de afogamento, na guarita 75, 25 casos.
Olkoski explica que o aumento das ocorrências ocorre devido a condição do mar. E que o alto número nas guaritas de Torres é devido a situação geográfica. “Como nós temos aqui a interferência de dois morros, um em cada lado, acaba abrindo algumas correntes de retorno principalmente próximos aos costões rochosos e em algumas ocasiões no meio da praia”.
O guarda-vidas ainda detalhou que as condições do mar, no início do ano, abriram uma vala extensa na frente da guarita, e isso fez com que as pessoas entrassem em situação de afogamento, mesmo estando próximas da areia e com o nível baixo da água. “Foram resgates muito simples de serem executados, só que se a gente não atuasse as pessoas não iriam conseguir sair por conta própria”, avaliou.
O sargento lembrou que as pessoas devem sempre observar a bandeira que está na guarida e também observar a sinalização que tem na beira da praia, que são as bandeiras pretas, colocadas em locais de mais riscos.
Ao todo, no litoral Norte foram contabilizados cinco óbitos por afogamentos, nenhum desses casos ocorreu em áreas com guaritas.
Fonte: Correio do Povo