O Hospital de Bom Jesus, nos Campos de Cima da Serra, está novamente apto a receber pacientes desde a manhã desta quarta-feira (31). A unidade, que atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS), estava direcionando solicitações de internação a outros municípios devido à interdição da farmácia.
O problema começou ainda na sexta-feira (26) após uma vistoria da Vigilância Sanitária. Segundo o secretário municipal da Saúde, Vagner Biazus, foi identificado um erro na dosagem de um medicamento para um paciente que estava hospitalizado. A medicação não chegou a ser aplicada, mas a percepção do equívoco levantou dúvidas sobre procedimentos adotados pela equipe da farmácia, levando ao fechamento temporário do serviço.
Dessa forma, os atendimentos que exigem internação não poderiam prosseguir, pois dependem do uso de medicamentos pelos pacientes. Na semana passada, um paciente de leito clínico e outros cinco de leitos psiquiátricos foram encaminhados para outros municípios.
Em nova avaliação da Vigilância Sanitária hoje, a farmácia recebeu o termo de desinterdição, confirmando a reabertura, conforme Biazus.
“Seguimos atendendo e recebendo toda a população que necessita de atendimento”, disse o secretário.
O Hospital de Bom Jesus tem 30 leitos e atende, em diferentes áreas, 2,5 mil pessoas por mês.
Exoneração
O secretário informou que uma série de ações foram adotadas para normalizar o funcionamento da farmácia. A profissional responsável no setor foi exonerada e o caso da dosagem errada de medicação está sendo apurado por meio de uma sindicância. Outra medida envolve o treinamento da equipe para uma dispensa segura de remédios.
O que disse a Secretaria Estadual da Saúde
Por meio de assessoria de comunicação, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) informou que a Vigilância Sanitária (VISA) fez uma interdição cautelar na farmácia do Hospital de Bom Jesus. Essa medida foi aplicada em função de problemas com processos, fluxos e rastreabilidade no serviço.
De acordo com a SES, a interdição afetava todas as áreas do hospital. Diante disso, a Secretaria havia solicitado ao hospital o cancelamento de todos procedimentos eletivos agendados.
Por outro lado, segundo a pasta, o hospital deve apresentar um plano de trabalho e as alterações solicitadas pela Vigilância Sanitária.