O Brasil sofrerá com uma nova onda de calor a partir desta quinta-feira, 14. Segundo o instituto de meteorologia MetSul, a metade do mês de dezembro contará com a entrada de ar muito quente nos Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, fazendo com que a temperatura dispare a alcance valores muito altos, inclusive ao redor dos 40 ºC e acima dos 40 ºC. Conforme o órgão, uma massa de ar muito quente vai se instalar sobre o Norte da Argentina e o Paraguai, expandindo-se para as regiões brasileiras.
Conforme informações do Climatempo, as altas temperaturas se estenderão até o dia 20 de dezembro deste ano e ficarão de 3 a 5°C mais quente que o padrão para a época em boa parte do Brasil. O Climatempo ainda destaca que seis capitais ainda podem registrar recordes de calor para um mês de dezembro, sendo elas: São Paulo, Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Goiânia e Brasília. Apesar disso, ainda conforme o instituto, a nova onda de calor terá duração menor que as anteriores dos meses de setembro e novembro. O órgão, por outro, alerta que a população precisará se prevenir. “Ainda sentiremos os efeitos da insolação, a população estará exposta há dias mais longos, e a umidade do ar estará um pouco mais alta – o que trará maior sensação de incômodo durante alguns períodos”.
Nos últimos meses, o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) vem realizando uma análise meteorológica específica para o Brasil, utilizando dados de temperatura média do ar das estações meteorológicas do Instituto espalhadas por todo o território nacional. Segundo o levantamento, as temperaturas ficaram acima da média histórica nos meses de julho a novembro.
Em 2023, o calor extremo observado em grande parte do Brasil foi reflexo dos impactos do fenômeno El Niño, que tende a favorecer o aumento da temperatura em várias regiões do planeta. Fora a elevação da temperatura dos oceanos, outros fatores têm contribuído para a ocorrência de eventos cada vez mais extremos, como o aumento da temperatura global da superfície terrestre por conta do aumento das emissões de gases do efeito estufa. Recentemente, um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) apontou que este ano está sendo considerado o mais quente da história. Segundo o estudo, a temperatura média da superfície global está 1,4°C acima da média de 1850/1900. Essa marca supera os anos de 2016 e 2020, que registraram 1,29°C e 1,27°C acima da média, respectivamente.
Fonte: Jovem Pan