Depois de uma indefinição que quase colocou em risco a continuidade das atividades da entidade, a Associação Bento-gonçalvense de Proteção ao Ambiente Natural (Abepan), que completa 29 anos de atuação em setembro, terá uma nova diretoria a partir da posse oficial marcada para o dia 4 de agosto. Comandada por Ademar Franco de Castria, a nova diretoria terá o desafio de retomar as atividades da mais antiga Organização Não-Governamental (ONG) ligada às questões ambientais em Bento Gonçalves.
“Fiquei sabendo dessa situação da Abepan, que inclusive estava para ser fechada, porque ninguém mais queria assumir, e conversei com a atual diretoria e membros antigos, e chegamos ao consenso de que a entidade deveria dar prosseguimento às atividades”, afirmou Castria.
Para o novo presidente, que começou a trabalhar efetivamente à frente da entidade há pouco mais de 10 dias, não há crise na Abepan. Ele acredita que o primeiro desafio é triplicar o número de associados da Abepan, hoje em torno de 20, e os valores aportados como doação, que hoje conseguem apenas responder às necessidades de custeio do aluguel da nova sede, situada no Palazzo del Lavoro, no centro de Bento Gonçalves.
Castria afirmou que está montando uma equipe para inaugurar uma campanha para ampliar o número de doadores à entidade, o que deverá ocorrer ainda este ano. “A meta da nova diretoria é no prazo de 90 dias fazer isso triplicar. Para podermos ter uma disponibilidade financeira para, na necessidade de fazermos uma campanha, nós termos recursos próprios”, assegura.
Ele revelou também que uma das prioridades da Abepan é refazer o convênio com a justiça federal, para garantir na entidade a prestação de serviços comunitários de condenados por crimes ambientais. O convênio, segundo o presidente da ONG, garante legalmente a possibilidade de receber pessoas condenadas pela Justiça para prestar horas de trabalho na entidade. Segundo ele, a partir desta semana isso já poderá estar restabelecido, com o início da prestação de serviços de um grande empresário da cidade, condenado a exercer 180 horas de trabalho comunitário.