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"Nenhum ser vivo vive sem água na face da terra", declara Sindiágua-RS sobre possível privatização da Corsan

Instituição permanece atuando de forma pública no Estado

(Foto: Sindiágua/RS - Arilson Wünsch)
(Foto: Sindiágua/RS - Arilson Wünsch)


Visando a permanência da água no setor público do Rio Grande do Sul, entidades se mobilizam no dia 28 de junho para fortalecer o ato “RS pela Água”, uma luta contra a privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). O movimento ocorrerá em Porto Alegre.

O Projeto de Lei 211/2021 foi autorizado na Assembleia Legislativa em agosto de 2021, onde permite que o governo de plantão no Palácio do Piratini inicie o processo de privatização da Corsan, a qual atualmente, oferece os serviços totalmente de forma pública. No mandato de Eduardo Leite, ex-governador do Estado, a privatização foi defendida como “processo de modernização no RS”. A proposta recebeu 33 votos favoráveis e 19 contrários.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e Serviços de Esgoto do RS, Arilson Wünsch, amplia a posição contrária do sindicato em relação à privatização e o que isso impactaria na sociedade gaúcha. “Nós sabemos que, uma vez privatizado, a água virará uma mercadoria. E dentro disso será algo de lucro, e é algo que não queremos, pois entendemos que a sociedade gaúcha, a sociedade brasileira, ela vai sofrer muito no momento em que a água for privatizada e, certamente, elas não terão acesso à água. Eu até diria que, pessoas que ganham abaixo de R$ 4, R$ 5 mil, vai ter muita dificuldade de pagar a água, pois ela vai se tornar uma mercadoria que vai ser regida pelo mercado internacional, que são empresas internacionais que estão de olho na nossa água.”

Arilson declarou também que esse é um grande desafio, pois seria necessário pedir ao atual governador Ranolfo Vieira Júnior para suspender a tentativa de privatização da água no RS.

O RS pela Água realizará o ato que está programado para ocorrer no dia 28 de junho, em Porto Alegre, na rua 24 de Outubro, em uma caminhada até a Corsan e após, na Assembleia Legislativa. Arilson Wünsch faz o convite à comunidade para se unir à mobilização, mesmo que seja de outras regiões abrangidas pela Corsan. “Estamos convidando a sociedade em geral, a todos e todas que puderem estar em Porto Alegre conosco para engrossar esse nosso ato no dia 28. Onde tem Corsan é só ir até ela e conversar com o pessoal para se organizarem com caronas para esse movimento. Contamos com o máximo possível de pessoas para que a gente chame a atenção da sociedade gaúcha para esse momento importante que nós estamos vivendo”.