Intensidade, mudanças no time titular e conversas para recuperar o aspecto anímico dos atletas. Assim foram os primeiros três treinamentos de Thiago Carpini no comando técnico do Juventude. Aos 38 anos, ele tem uma delicada missão em Caxias do Sul: tira uma das principais equipes da Série B da zona de rebaixamento à Série C. A tarefa é delicada, mas ele se diz preparado para a tentativa.
Na manhã desta sexta-feira (19), antes da delegação iniciar a viagem rumo a Chapecó, Carpini falou sobre as sessões de trabalho durante esta semana. Segundo ele, é um momento de entender o que a situação pede e como melhor potencializar este elenco alviverde para a sequência da competição.
“A gente precisa voltar a ser um time com o DNA do Juventude, de futebol gaúcho. Principalmente quando não se tem a bola [ter] um pouco mais de vida, eles tem capacidade para fazer isso, é nítido, deu para ver. E eu acho que com o tempo isso vai acontecer de maneira gradativa, pelo menos é o que eu espero que aconteça”.
Sem a posse de bola, a exigência do técnico é para que os jogadores fiquem mais atentos. O confronto de domingo (21), às 11h, contra a Chapecoense será complicado, ainda mais que o Verdão do Oeste vem de uma grande vitória por 4 a 1 contra o Avaí, fora de casa. Conforme Thiago Carpini, é preciso criar dificuldades mesmo jogando na Arena Condá. Os principais pontos trabalhados na semana foi a posse de bola e a intensidade.
“A gente vai lá lógico com o intuito de vencer a partida, mas nós precisamos começar a pontuar, jogar bem que a gente tá mais próximo de isso acontecer, de maneira organizada, e começar a pontuar”.
Perguntado sobre David, extrema que tinha a confiança de Pintado e Celso Roth mesmo sem render, o técnico defendeu o atleta, e ainda disse que não é possível modificar toda a equipe, sendo necessário trabalho o psicológico dos jogadores. Para Carpini, a semana teve diversos pontos positivos, dentre eles a inquietação do grupo de jogadores com o momento vivido pelo Juventude.
“Eu não posso fazer uma mudança drástica. Eu chegar e tirar os 11 e colocar [outros] 11, é gradativo. Algumas coisas eu já tenho o entendimento do que é, penso um pouco diferente, mas para esse momento tem que ser uma construção, nada muito radical em um momento de instabilidade”.
Para o confronto, o volante Jadson está fora pelo terceiro cartão amarelo. Outro que não está mais a disposição é Geuvânio. O meia-atacante havia sido liberado para participar dos treinos, mas voltou a sentir problemas físicos. Já o jovem Ruan e o recém-chegado Robertinho podem ganhar uma vaga entre os 11. Dessa forma, um provável Ju deve contar com: Thiago Couto; Reginaldo, Danilo Boza e Romário; Guilherme Gehring, Mandaca e Nenê; David, Ruan (Robertinho) e Rodrigo Rodrigues.