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Não é sobre o Temer, é sobre certo ou errado!!!

Não é sobre o Temer, é sobre certo ou errado!!!

Nesta semana que passou, o assunto dominante foi o arquivamento da denúncia sobre o presidente Temer. Eu sei, eu sei, você já está com o assunto saturado, mas vou tomar os fatos por outro ângulo.

Vi muitos comentários, de pessoas esclarecidas, de amigos, mais ou menos assim:

– Foi melhor assim, o Brasil não resistiria.

– A economia já está ruim, a denúncia prosseguir pioraria ainda mais.

– Se Temer caísse agora o PT voltaria.

– Acho que ele é culpado, mas melhor esperar até o final do mandato.

– As provas são fracas. ( hein??? Provas, se são provas, são provas!!!)

Entre outros tantos comentários, essa foi mais ou menos a linha para justificar, para aceitar a vergonhosa votação que vimos no dia 02. Muitos dos deputados também usaram essa mesma linha para justificar seu voto. Mais uma vez os fins justificando os meios, sem nem entrar no fato da compra de votos por meio de acertos e de emendas parlamentares.

Então Temer fica para não prejudicar ainda mais a economia.

Está tudo errado.

Quem sabe a raiz dos nossos problemas esteja aí. O brasileiro tem na sua cultura a aceitação do errado. O famoso jeitinho brasileiro. O errado que não é tão errado. O erradinho. O conveniente acima do correto.

O que acontece é que um erro vai levando a outro. E, concessão sobre concessão, vamos criando um ciclo vicioso que minimiza os erros e relativiza o certo e o errado.

Ora, não existe mais ou menos certo nem mais ou menos errado. Ou está certo ou está errado. Ou é justo, ou é injusto.

Se é certo devemos aceitar. Se está errado, não. Enquanto o brasileiro não mudar essa postura e não adotar para sua vida, para suas decisões, para seu trabalho, para suas escolhas, o critério de “o que é certo é certo e o que é errado é errado” dificilmente teremos um país próspero. Responsabilidade ainda maior daqueles que aceitam erros sobre aspectos que impactam na vida de toda uma nação. E nessa do Temer não se salvam nem os que votaram “não” pelo relatório, afinal a maioria dos que votaram não, votaram em defesa de Dilma na decisão do “impeachment”. Ou seja, suas motivações não eram o certo ou o errado, não eram o justo ou o injusto. Suas motivações, eram políticas ou de poder.

Precisamos de uma mudança de cultura. Precisamos de uma reconstrução de valores. Endireitar o Brasil começa pelas atitudes do nosso cotidiano. Começa por exigir de nós mesmos a ação pelo que é certo, não pelo que é conveniente.