Caxias do Sul

“Nada altera”, diz Daniel Guerra sobre renúncia do vice-prefeito de Caxias

“Nada altera”, diz Daniel Guerra sobre renúncia do vice-prefeito de Caxias

Por meio de uma nota enviada à imprensa nesta sexta-feira (28), o prefeito de Caxias do Sul, Daniel Guerra, não lamenta o pedido de renúncia do então vice Ricardo Fabris de Abreu, protocolado na Câmara de Vereadores às 13h23min.

Confira na íntegra

“O prefeito Daniel Guerra considera que o fato em nada altera o bom andamento dos trabalhos que vêm sendo executados pela administração municipal desde o início da atual gestão. O foco de toda a equipe seguirá sendo Caxias do Sul.”

Fabris renunciou ao cargo de maneira imediata. Por meio do WhatsApp, o então vice-prefeito enviou uma mensagem para todos os veículos de imprensa com o seguinte conteúdo:

“Prezados (as) amigos (as), tenho a satisfação de informar que hoje (sexta) afastei-me do que é grotesco. Não farei comentários a respeito desta decisão. Desejo a todos um feliz próspero 2019. abraços!”

O fato não é novidade na breve carreira política de Abreu. Em março deste ano ele havia renunciado ao cargo, mas logo depois, voltou atrás da decisão.

Há 11 dias, Ricardo Fabris de Abreu havia protocolado mais um pedido de impeachment do prefeito Daniel Guerra. No documento, ele listou os motivos da denúncia:

1) descumprimento da lei e de decisões judiciais no caso da estrutura do gabinete do vice-prefeito e a tentativa de extinção do mandato dele por meio de uma ação declaratória;

2) o caso do “Corretivo”, no qual o vereador Chico Guerra (PRB), líder de governo na câmara, fala que o prefeito teria sugerido dar um corretivo no líder comunitário Marciano Correa da Silva, do bairro Canyon;

3) A acusação de que as secretárias municipais Camila Sandri Sirena, da Agricultura, Mirângela Rossi, de Urbanismo, Renata Aquino Carraro, do Turismo e Vangelisa Lorandi, de Recursos Humanos, participam ou participaram de sociedades comerciais enquanto ocupavam o Cargo em Comissão, o que caracterizaria improbidade;

4) Acusa o prefeito de preconceito e discriminação, por ter negado um local público para a realização da Parada Livre, por ter proibido as visitas de escolas públicas durante a exposição Santificados, na Câmara de Vereadores e por propôr a criação de um Projeto de Lei no qual proíbe o que chama de “ideologia de gênero” nas escolas;

5) As consequências da suposta intransigência do prefeito Daniel Guerra no tratamento com a Visate, que, segundo o vice-prefeito, pode resultar em um prejuízo futuro para os cofres públicos em função do congelamento da tarifa do transporte coletivo urbano em 2017 e da judicialização do caso;

6) A omissão do prefeito no caso envolvendo os precatórios do Caso Magnabosco;

7) A terceirização da saúde, com a tentativa de implantar uma gestão compartilhada no Postão 24 horas e a abertura da UPA 24 horas nesse modelo de gestão;

8) A falta de transparência na troca do Secretário da Saúde após a saída de Geraldo da Rocha Freitas Júnior, quando o chefe de gabinete Júlio César Freitas da Rosa assumiu.