De acordo com os senadores que fazem parte da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19, as audiências em torno do assunto estão próximas do fim. Oficialmente, a CPI deve seguir até novembro. O pedido dos parlamentares da base governista, que é feito desde o início da pandemia, é de que os governadores sejam ouvidos na reta final. Porém, segundo o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), cabe ao Ministério Público de cada estado investigar possíveis fraudes de governadores.
Para o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), o Governo Federal está mais atento às fraudes após o início da CPI. Essa afirmação tem referência com as possíveis fraudes na compra dos imunizantes Covaxin. Depois da denúncia, o governo suspendeu o contrato que, de acordo com a comissão, teria superfaturamento de R$400 milhões. Entretanto, segundo o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, não houve gastos de recursos públicos.
Conforme o senador Ranolfe Rodrigues (Rede-AP), o inquérito pode ser concluído em 16 de setembro. Segundo ele, os depoimentos e documentos colhidos desde abril dão base ao relator da comissão, Renan Calheiros, na elaboração do texto final. Para o senador Humberto Costa (PT-PE), houve omissões. Para ele, a compra das doses não poderia ser feita por uma instituição que não tem interesse social. “Não é uma instituição financeira que não tem vínculo com o Banco Central, que faz garantias pessoais e que não tinha a menor condição de ser a garantidora desse contrato da Covaxin com o Ministério da Saúde”, enfatiza o parlamentar.
A CPI da Covid voltará a ser discutida na próxima terça-feira (24).