Com o teatro do SESI lotado, o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo realizou a abertura solene da Expoagas em Porto Alegre. Num discurso recheado por pautas caras ao setor, Longo fez um apelo aos inúmeros políticos presentes, entre eles os senadores Lasier Martins e Luís Carlos Heinze : ”façam a reforma tributaria.”
Longo disse que o setor é favorável ao fim da substituição tributária. “Se uma vez nosso problema era com a fronteira do exterior, hoje está ao cruzarmos o Mampituba. Pode se manter apenas em algumas exceções como cigarros e bebidas. É preciso simplificar, não é possível que continuemos sendo sacrificados, punidos. É hora de passar a régua”, enfatizou.
No mesmo sentido, indicou a necessidade de simplificação do ICMS e da criação de um imposto único sobre o faturamento. Elogiou a postura do consumidor qualificando-o como comandante da cadeia de negócios. “Quando o leite alcançou preços impensáveis, o consumidor puxou o freio, substituiu e fez o preço cair”. Disse ainda que os supermercados reduziram margens para segurar a inflação.
Outra pauta antiga do setor voltou a ser citada no Expoagas, a venda de remédios nos supermercados. “Não queremos vender antibióticos, mas medicamentos sem receita como antitérmicos, sal de frutas e outros. Nos comprometemos a ter farmacêuticos na retaguarda. Não se trata de pauta econômica, pois afetaria em no máximo 0,2% de nossas venda, mas de uma pauta social, em favor dos clientes”, disse o presidente.
Outro momento marcante do evento de abertura foi a conversão do título de Supermercadista Honorário ao publicitário e poeta Luiz Coronel, que subiu ao palco e fez um comovido agradecimento, recheado por rimas. Manifestaram-se ainda o presidente da Associação Brasileira de Supermercados João Galassi e o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Mello.