Nesta quinta-feira (27) a Polícia Civil desencadeou a Operação Viúva Negra em decorrência da investigação de um homicídio ocorrido na data 16/06/21 no bairro Planalto em Viamão cumprindo 04 mandados de prisões preventivas e 01 mandado de busca e apreensão. No decorrer da operação cinco pessoas foram presas, sendo que na data de hoje foi presa a companheira da vítima, a qual está sendo investigada como tendo sido uma das mandantes do crime
O crime em um primeiro momento foi investigado como sendo um caso de Latrocínio, uma vez que a cena do crime foi forjada para parecer um crime contra o patrimônio, porém no decorrer das diligências investigatórias verificou-se que se tratava mesmo de homicídio premeditado. Foram sete meses de investigações, com interceptação telefônica, quebras de sigilos e outras medidas cautelares, todas autorizadas pelo Poder Judiciário, sendo apurada, de forma clara e inequívoca, a participação de cada um dos indiciados. A companheira da vítima foi responsável por facilitar a entrada e a saída dos executores da residência.
Conforme previamente ajustado, ela deixou a porta aberta para a entrada deles e o controle remoto do portão sobre a mesa para a fuga. Entretanto, nem tudo saiu como o esperado. Quando os criminosos entraram no pátio da casa, a vítima ouviu o barulho, levantou-se e correu para porta, verificando que esta estava aberta e a fechou, sendo necessário que ela fosse arrombada pelos executores. Os autores resolveram, durante a empreitada, após executar a vítima, levar alguns bens da residência, a fim de obter lucro e simular um latrocínio. Os detalhes foram revelados por um dos executores no momento de sua prisão, que ocorreu na semana passada.
Na época, dois indivíduos invadiram a residência da vítima com o objetivo único de assassiná-la. No momento do crime, estavam na residência o casal e o filho menor tendo como motivação uma desavença entre a vítima e seu enteado, pois aquela não aceitava as condutas criminosas deste; assim como a possibilidade, por parte da companheira da vítima de receber um seguro de vida e uma indenização fruto de uma ação trabalhista. O crime foi encomendado pela companheira e pelo enteado da vítima, que está preso, além de um intermediador da negociação, responsável por recrutar os executores.