Caxias do Sul

Mulher com câncer tem medicamentos negados pelo plano de saúde

Mulher com câncer tem medicamentos negados pelo plano de saúde Mulher com câncer tem medicamentos negados pelo plano de saúde Mulher com câncer tem medicamentos negados pelo plano de saúde Mulher com câncer tem medicamentos negados pelo plano de saúde
Mulher com câncer tem medicamentos negados pelo plano de saúde

Uma questão que muito tem afligido os usuários de planos de saúde é a cobertura de medicamentos de alto custo. É muito comum que pacientes tenham o acesso aos procedimentos, tratamentos e medicamentos negados por seus planos de saúde sob a alegação de seu caráter experimental. O mais grave é que esses medicamentos são de uso contínuo, para doenças como hepatite e câncer.

Foi o que aconteceu com a caxiense Eronildes Teresinha, de 56 anos, diagnosticada no início deste ano como portadora de Neoplasia Maligna de Reto, um câncer colorretal, mais conhecido como câncer no reto. Após fazer a ressonância magnética e identificar a doença, Eronildes deu início ao tratamento radioterápico e quimioterápico.

Devido a persistência da doença, um laudo médico da oncologista solicitou a complementação do tratamento com os medicamentos Oxaliplatina, Folinato de Cálcio e Fluoruracila, orçados no valor de 4 mil reais. O tratamento, porém, ocorreria durante quatro meses, o que geraria à Eronildes um custo equivalente de 30 mil reais.

Eronildes, 56, já estava com o cateter em baixo da pele, pronto para receber a medicação, mas teve que adiar o procedimento. (Foto: Vitória Gobbi/Grupo RSCOM)

A mulher, que paga mensalmente R$ 536 reais ao plano de saúde vitalício do Hospital Círculo, teve o restante do tratamento negado pela instituição, alegando não fornecer os medicamentos pois eles eram de caráter experimental. Pelo termo “tratamento experimental”, a cobertura está de fato excluída do contrato.

Mas para o marido de Eronildes, Luís Carlos, a decisão do plano foi uma negligência com os cidadãos. “É vida dela em jogo. Já faz 60 dias que ela está com o cateter esperando o medicamento e o plano não tem diálogo, só negou a cobertura. Mas os medicamentos não são de caráter experimental, até o SUS tem”, observou.

A história ainda teve um final feliz. Eronildes procurou o Sistema Único de Saúde (SUS) que conseguiu dar continuidade ao tratamento, fornecendo os medicamentos necessários. Mesmo assim, o casal vai entrar na justiça contra o Plano de Saúde.