O Ministério Público Federal (MPF) denunciou dois políticos gaúchos envolvidos no escândalo de compra irregular de passagens aéreas com verba parlamentar conhecido como “farra das passagens”, revelado em 2009: Beto Albuquerque (PSB) e Luciana Genro (PSOL) figuram na lista dos 72 nomes de ex-deputados acusados de peculato.
De acordo com as investigações, o escândalo envolvia parlamentares que usaram a cota parlamentar de viagens para comprara passagens para diversos destinos, até no exterior, que eram utilizadas por amigos e parentes.
De acordo com a denúncia, Luciana Genro teria adquirido 233 passagens a um custo de R$ 197.166,26, enquanto Beto Albuquerque aparece na lista com 75 passagens adquiridas por R$ 44.556,13. As denúncias do MPF se referem a casos investigados entre 2007 e 2009.
Além deles, outros 11 políticos gaúchos (Alceu Collares, Cezar Schirmer, Cláudio Castanheira Diaz, Enio Bacci, Érico da Silva Ribeiro, Fernando Marroni, Francisco Turra, Germano Bonow, Manuela D’Ávila, Matteo Rota Chiarelli, Nelson Proença, Orlando Desconsi, Paulo Roberto Manoel Pereira, Tarcísio Zimmermann, Vieira da Cunha e Vilson Covatti) constavam da denúncia original, apresentada em novembro do ano passado, mas não foram denunciados porque a pena prescreveu ou não foram encontrados indícios de apropriação indevida de verba da Câmara.
Os dois gaúchos denunciados afirmam que não cometeram irregularidades.
Luciana distribuiu uma nota em que afirma que usava passagens “de forma absolutamente legal”. De acordo com as “necessidades políticas” do mandato. Ela afirma que foi acusada de usar a cota para pagar passagens ao delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, “que estava sendo perseguido por enfrentar corruptos”.
Albuquerque afirmou em uma rede social que nunca contrariou ou descumpriu qualquer norma da Câmara Federal, e revelou que não foi ouvido no processo.