Comportamento

MP quer prisão de advogada que atuava como pombo-correio de facção

Foto: Ministério Público/divulgação
Foto: Ministério Público/divulgação

O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul pediu ao Tribunal de Justiça a prisão da advogada que atuava como “pombo-correio” de dois chefes de facção que foram presos pela Operação Pulso Firme.

O MP também quer a Justiça suspenda imediatamente a atuação da advogada que, em conversas gravadas a partir de autorização judicial em parlatório do Presídio Federal de Campo Grande, foi flagrada atuando como integrante da organização. A advogada dava continuidade aos negócios dos líderes de uma facção, atendendo suas ordens, trazendo informações ao Estado e dando prosseguimento à organização criminosa nas ruas.

Na última terça-feira (18), foram cumpridos mandados de busca e apreensão em dois endereços e apreendido o telefone celular da advogada durante operação.

Segundo a Promotoria Especializada no Combate aos Crimes de Lavagem de Dinheiro e Organização Criminosa, que atua em parceria com a Delegacia de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro, esta advogada já tem antecedentes criminosos. Em 2009, ela foi condenada pela Justiça Federal pelos crimes de tráfico internacional e associação ao tráfico e, atualmente, usa tornozeleira eletrônica, o que não a impediu de seguir fazendo parte da organização criminosa.

O MP teve o primeiro pedido de prisão e suspensão de atividades profissionais da advogada negados pela Justiça, mas interpôs recurso para reverter a decisão, pois “com antecedentes judiciais por crimes específicos, rompendo com todo o sistema de Justiça, desvirtuando a finalidade de sua profissão, faz permanecer em funcionamento tão grave organização criminosa”, entendem os promotores.

Ainda, segundo os promoteores, a advogada mantém contato com os presos mais perigosos do Estado, fazendo funcionar danosas facções, que espalham onda de crimes violentos em Porto Alegre e Região Metropolitana.