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MP investiga campanhas de Alckmin por não declarar mais de R$ 10 milhões

MP investiga campanhas de Alckmin por não declarar mais de R$ 10 milhões


O Ministério Público de São Paulo (MPSP) abriu nesta sexta-feira, dia 20, um inquérito para investigar o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) por improbidade administrativa. A investigação apura se houve o pagamento de vantagem indevida ao ex-governador por uma das empresas do grupo Odebrecht.

A suspeita é que Alckmin tenha deixado de declarar R$ 2 milhões para a Justiça Eleitoral na campanha de 2010 e R$ 8,3 milhões na campanha de 2014. O MP também aponta a suposta participação do cunhado de Geraldo Alckmin, Aldemar Cesar Ribeiro, e do coordenador financeiro da campanha, o ex-governador Marcos Antonio Monteiro, na obtenção de vantagens indevidas a Alckmin “a título de caixa 2, sem regular declaração à Justiça Eleitoral”, afirmaram os promotores Otávio Ferreira Garcia, Nelson Luis Sampaio de Andrade e Marcelo Camargo Milani.

A assessoria do ex-governador paulista informou em nota que Alckmin está à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos. “Não apenas por ter total consciência da correção de seus atos, como também por ter se posicionado publicamente contra o foro privilegiado”, diz a nota.

A Odebrecht informou que está colaborando com a Justiça e que “já reconheceu os seus erros, pediu desculpas públicas, assinou um acordo de leniência com as autoridades do Brasil, Estados Unidos, Suíça, República Dominicana, Equador, Panamá e Guatemala, e está comprometida a combater e não tolerar a corrupção em quaisquer de suas formas”, disse a assessoria da construtora à Agência Brasil.