AÇÃO

MP apreende 25 toneladas de produtos impróprios para consumo em Alecrim, no RS

Mercado é interditado após constatação de fezes de roedores entre os alimentos; 14 toneladas de bebidas sem origem também foram recolhidas

(MP/Divulgação)
(MP/Divulgação)

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) apreendeu, na terça-feira (7), aproximadamente 25 toneladas de produtos impróprios para o consumo durante uma operação em Alecrim, na Região Noroeste do Estado. A ação, que contou com apoio de diversos órgãos estaduais e municipais, cumpriu nove mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça de Santo Cristo. Irregularidades foram identificadas em sete dos nove locais vistoriados.

Dois mercados, galpões clandestinos e residências de proprietários dos estabelecimentos foram alvo da operação. Em um dos mercados, a Vigilância Sanitária Municipal determinou a interdição total do local após encontrar fezes de roedores entre os produtos comercializados.

Apreensão de Produtos Irregulares

A maior parte do material recolhido – cerca de 14 toneladas – era composta por bebidas como vinho colonial e cachaça. De acordo com o MPRS, 12 toneladas estavam sem comprovação de origem ou com rótulos adulterados. Outras 2 toneladas apresentavam prazo de validade vencido.

Além das bebidas, também foram apreendidas 5 toneladas de mortadela, 1 tonelada de margarina, carnes, ovos, cervejas e energéticos sem procedência ou fora do prazo de validade. Entre os produtos recolhidos, estavam ainda fraldas descartáveis e garrafas de água mineral vencidas há mais de três anos.

Declarações do Ministério Público

O promotor Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, da Promotoria de Defesa do Consumidor de Porto Alegre, destacou a dimensão da operação.

“Essa é uma das maiores apreensões de bebidas sem procedência já realizadas pelo MPRS. Embora não haja, até o momento, indícios de adulteração, a ação reforça a importância da fiscalização rotineira para prevenir riscos à saúde e garantir a segurança alimentar da população”, afirmou.

A operação contou com a participação do promotor Mauro Rockenbach, da Promotoria Especializada Criminal da Capital; do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRS); da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (SEAPI); do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS); da Vigilância Sanitária de Alecrim e da Patrulha Ambiental da Brigada Militar (PATRAM).