A próxima edição da Movelsul será realizada em março próximo em Bento Gonçalves trazendo 100 compradores estrangeiros com despesas pagas e a expectativa é de ampliar negócios com países europeus. Desta forma, o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia ampliou ainda mais as expectativas de fortalecimento nas exportações do polo moveleiro de Bento Gonçalves.
Ao contrário do Rio Grande do Sul e do Brasil como um todo, onde as exportações de móveis vêm caindo, no polo o desempenho é crescente há pelo menos 30 meses. Dentro desse cenário, o Reino Unido vem ganhando posições entre os maiores compradores de móveis do polo, tendo subido de 14º no ranking das exportações em 2018 para 7ª posição atualmente.O polo moveleiro de Bento Gonçalves engloba os municípios de Bento, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira e Santa Tereza e exportou US$ 1,36 milhões para o Reino Unido em 2018, um crescimento de 48% em relação ao ano anterior. Especialmente após o anúncio da última sexta-feira, a percepção de cenário competitivo fica mais positiva, em função do acordo. Fora o Reino Unido, a França tem mantido algum volume de importação dos móveis do polo, mas nada que se considere expressivo. Atualmente, os maiores compradores de móveis do polo ainda são os EUA e países da América Latina.
Para o diretor internacional do Sindmóveis, Leonardo Dartora, é bastante cedo para traçar qualquer meta quantitativa, mas a percepção de condições mais equânimes de competitividade pode gerar bons resultados para as exportações do polo, embora as tarifas não sejam hoje um desafio de competitividade. De imediato, espera-se que as empresas moveleiras empreguem maior esforço comercial direcionado aos países europeus. A Movelsul Brasil vai fazer a sua parte para fomentar negócios com o bloco e, entre os 100 compradores estrangeiros que serão convidados para a feira com despesas pagas, haverá uma boa parcela de distribuidores e lojistas europeus.
Faltando oito meses para a feira, a equipe Internacional do Sindmóveis está em fase de seleção de importadores para o Projeto Comprador. “As empresas da União Europeia tenderão a ver o Mercosul com melhores olhos, comercialmente falando. Em se tratando de indústria moveleira, o Brasil certamente tem muita vantagem em relação aos países vizinhos”, pontua Dartora.