Brasil

Motoristas por aplicativo promovem ato pelo país

Objetivo foi protestar por reajuste da tarifa mínima e redução da comissão cobrada pelas plataformas

Motoristas se reuniram na Praça Charles Miller, nesta segunda-feira (Foto: Tomzé Fonseca/Estadão Conteúdo)
Motoristas se reuniram na Praça Charles Miller, nesta segunda-feira (Foto: Tomzé Fonseca/Estadão Conteúdo)

Motoristas de aplicativo se manifestaram nesta segunda-feira (15) em todo o território nacional. Em São Paulo, eles se reuniram na Praça Charles Miller e fizeram um “buzinaço”. Os manifestantes se deslocaram para o Itaim-Bibi e, em seguida, foram até a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

Também houve manifestação em Campinas, no interior do Estado, no Rio de Janeiro, Paraná, Ceará e no Piauí. Entre as principais reivindicações estão o aumento da tarifa mínima dos atuais R$ 5,62 para R$ 10 e a diminuição da comissão cobrada pelas empresas, que, segundo o presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativo de São Paulo (Amasp), Eduardo Lima de Souza, pode chegar a até 60% do valor total das corridas.

“Às vezes leva 1 km para chegar até o passageiro e mais 2 km ou 3 km até o destino. A tarifa mínima precisa ser de R$ 10. A fixação da taxa cobrada pelo motorista, orientamos a cobrança de 20%, para que o condutor tenha aumento de ganho e o passageiro não sofra com aumento.

O motorista trabalha mais contente e o passageiro ganha um serviço de maior qualidade”, explicou o presidente da Amasp. Souza conta que começou a atuar como motorista de aplicativo em 2016. Segundo ele, a taxa era de 25%, e o valor da corrida, fixo. “O passageiro pagou R$ 10, a empresa recebeu R$ 2,50 e repassa R$ 7,50 ao motorista”, exemplificou.

No entanto, as empresas adotaram as taxas variáveis, o que mudou o cenário. “Em resumo, você pagou um valor hoje e outro amanhã. Nós continuamos com os mesmos R$ 7,50. Em contrapartida, houve aumento de combustível, nas peças de manutenção e no valor do próprio veículo. E o motorista continua ganhando a mesma coisa”, explicou. “A reivindicação é para resolver um problema do motorista, que não consegue trazer fundos suficiente. Entramos em uma situação complicada”, finalizou Souza.