Caxias do Sul

Motoristas de aplicativos protestam em Caxias do Sul contra regulamentação da atividade

Profissionais contestam falta de participação na construção do projeto. Após buzinaço pelas ruas do centro, grupo procurou a Câmara de Vereadores

Motoristas de aplicativos realizam protesto contra regulamentação trabalhista em Caxias do Sul
Foto: Fabio Carnesela/ Grupo RSCOM

Diversos protestos organizados por motoristas de aplicativos foram realizados nesta terça-feira (26) em diferentes locais do Brasil, inclusive em Caxias do Sul. A categoria protesta contra a regulamentação trabalhista da profissão, proposta por projeto de lei complementar do governo federal, que tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados e abrange a atividade dos motoristas de diferentes plataformas.

Na manhã desta terça-feira (26), motoristas de aplicativos realizaram um buzinaço por ruas da área central, entre elas a Alfredo Chaves, nas proximidades da Prefeitura. Após o manifesto, parte do grupo procurou a Câmara de Vereadores.

A preocupação dos motoristas se refere à parte da regulamentação da proposta. Os condutores relatam que não foram ouvidos para a construção do projeto, reivindicam um valor maior pela hora trabalhada e também reclamam da limitação de oito horas de trabalho por dia, entre outros apontamentos.

Diante do cenário, o vereador Lucas Diel (PRD) anunciou, na sessão ordinária desta terça, que vai formalizar a abertura de uma Frente Parlamentar em Defesa dos Motoristas de Aplicativos. Já Adriano Bressan (PRD) foi procurado para apresentar uma moção de contrariedade ao projeto do governo Federal.

Confira algumas das propostas do projeto enviado pelo governo federal:

  • motorista que cumprir 8 horas diárias não poderá receber menos do que R$ 1.412;
  • criação da categoria ‘trabalhador autônomo por plataforma’;
  • mulheres terão acesso a direitos previdenciários previstos no Auxílio Maternidade;
  • o motorista poderá escolher quando trabalhar e não haverá vínculo de exclusividade;
  • haverá um sindicato da categoria;
  • transparência sobre as regras de oferta de viagens;
  • trabalhador deverá ter remuneração mínima.