O empresário Raul Randon, de 88 anos, morreu na noite deste sábado, dia 3, em São Paulo.
Ele estava internado desde dezembro no hospital Albert Einstein, na capital paulista. A notícia foi confirmada pela família por volta das 21h00min. O empresário teria morrido por complicações pós cirúrgicas.
Ainda não há informações sobre o cortejo fúnebre.
Raul Randon era filho de Abramo e Elisabetha Randon, que lhe deram os irmãos Hercílio, Isolda, Zilá e Beatriz. Abramo nasceu em Conceição da Linha Feijó, na zona rural da antiga colônia italiana de Caxias do Sul, aprendeu o ofício de ferreiro de Carlin Fabris, e com 23 anos de idade mudou-se para Rio Bonito, hoje Tangará, onde abriu uma oficina de ferramentas e uma ferraria.
Ali nasceu Raul, que recebeu educação primária em Encantado e a partir dos 14 anos ajudou o pai. Em 1949, já morando em Caxias do Sul com a família, iniciou uma oficina de reforma de motores com o irmão Hercílio, que tinha conhecimento técnico, logo depois passando a trabalhar com máquinas tipográficas em parceria com Ítalo Rossi. Porém, em 1951 a empresa incendiou.
Os sócios conseguiram continuar seu trabalho precariamente nas oficinas das fábricas de Matteo Gianella e Evaristo de Antoni.
Através de Cláudio Corso foram apresentados a Antonio Primo Fontebasso, que deu a ideia de fabricar freios a ar para reboques, e para isso foi constituída uma nova sociedade, com a razão social de Mecânica Randon Ltda.
Um ano depois, Fontebasso adoeceu e se retirou. Os irmãos Randon continuaram a empresa, ampliando-a significativamente na década de 1960.
Nesta época foi criada a Fundação Assistencial Abramo Randon para fomentar o bem-estar dos funcionários.
“A Mecânica Randon passou a atuar num mercado crescente na região por haver grande tráfego de caminhões, sendo a maioria das estradas ruins e de terra batida e a cidade cercada por serras, os caminhões precisavam de manutenção, especialmente em relação aos freios. Nesse ambiente propício. A firma expandiu suas instalações, ingressando no ramo de adaptação de chassi de caminhão para uso em ônibus. Em seguida iniciou a fabricação dos primeiros semi-reboques a partir de projetos criados na própria fábrica por Hercílio Randon e logo atingiu a produção de um semi-reboque por dia. Começara então a divisão entre as atividades dos irmãos Randon, Hercílio se dedicava a parte técnica e Raul Anselmo à administração. Ocorreram também outras mudanças, com a melhora das estradas e caminhões mais potentes, o segmento de semi-reboques passa a ser muito atraente para a empresa, como também, a conversão de caminhões 4 X 2 em 6 X 2 através da instalação do terceiro eixo”.