Morreu AgenorPértile, músico de 81 anos que também era proprietários da loja Musictália, especializada em instrumentos musicais. O velório ocorre nas capelas São José e seu sepultamento será nesta sexta-feira às 8h30min.
O meio musical de Bento Gonçalves no início do ano de 1960 estava em alta com o sucesso do Conjunto Arpége criado no ano anterior, após o término do “Plinio e seu Melódico”, o primeiro conjunto jovem da história da cidade, liderado por Plinio Fasolo. Mas Plínio desistira da música para estudar em Porto Alegre. Foi quando surgiu o Conjunto Miramar, composto por músicos experientes como Agenor Pértile (piston) Armínio Tomasini (acordeon), Egídio Tedesco (guitarra), Pedro Biasus (bateria), Joenio de Fávero (percussão e bateria)) Leo Tossi (ritmo), José Poletto (contrabaixo) e o cantor Ademar Rodrigues. Agenor era uma das principais lideranças do grupo. Apesar de rapidamente fazer sucesso animando bailes na região, o Miramar teve vida curta e três anos depois coincidentemente junto com o Conjunto Arpége, a banda chegou ao fim. No ano seguinte, o Arpége se reorganizou e na sua nova formação passou a contar com três ex-integrantes do Miramar: Agenor Pértile, Armínio Tomasini e Joênio Fávero.
Não demorou para Agenor Pértile, além do excelente músico que era, destacar-se na liderança do novo conjunto, no qual permaneceu por mais de 20 anos.
Após, ao deixar o Arpége, criou a Banda Maluca, que também conquistou grande espaço na preferência de grandes clubes em todo o estado, principalmente na animação de bailes de carnaval. Com o fim da banda, muitos anos depois, Agenor partiu para uma carreira solo, voltando-se para shows solo com a temática italiana, no qual, além de interpretar músicas clássicas e do folclore, também se destacou com a criação de um personagem “gringo” que contava piadas. O show que protagonizava se intitulava “Il messaggero della felicittá”. Além do grande músico, surgiu um grande humorista.
Profissionalmente, além da loja de instrumentos musicais, ainda na família, foi por muitos anos, o representante da Ordem dos Músicos e do escritório do ECAD para a região.
Com pesquisa de Ademir Antônio Bacca