Comportamento

Moradores denunciam extermínio de animais e abandono da Lagoa do Parque Oasis, em Caxias do Sul

Brigada Militar foi chamada para fazer o registro sobre a morte de cerca de 50 animais no local.

Fotos: Mauro Teixeira
Fotos: Mauro Teixeira

Moradores do Parque Oásis e arredores se organizaram para denunciar, nesta sexta-feira (29), a falta de atenção do poder público em relação a lagoa existente no bairro localizado na Zona Norte de Caxias do Sul.

Conforme informações dos moradores, além do abandono, o local está sendo alvo de pessoas que estão incentivando o extermínio de patos, cisnes e gansos existentes na lagoa. Conforme um habitante de 59 anos, que mora há mais de 20 anos próximo do local, há cerca de duas semanas um grupo de jovens está espalhando o terror as margens da lagoa, ameaçando os moradores e, acompanhados de cães da raça Pit-Bull, atiçam os cachorros para atacar animais.

Conforme o morador, existiam cerca de 60 animais, entre patos, gansos e cisnes que eram mantidos por pessoas que residem as margens da lagoa, entretanto, após os ataques, apenas 15 restaram vivos.

A reportagem do Portal Leouve foi até a Lagoa do Parque Oásis para conferir a situação e se deparou com vários animais mortos as margens do lago. Alguns com sinais de mordidas e outros espedaçados. Além de pouca segurança, os vizinhos da lagoa reclamam da falta de atenção da Codeca em relação a instalação de lixeiras que não existem e também quanto ao recolhimento de lixo, considerado precário.

A Secretaria do Municipal Meio Ambiente (Semma) também é alvo de reclamações, uma vez que algumas ações promovidas e patrocinadas pelos moradores não foram aceitas pela secretaria. Uma delas seria a instalação de um cercado em uma área de terra que avança sobre a lagoa. De acordo com um morador, a estrutura serviria para evitar o contato direto das pessoas com os filhotes, mas a Semma não autorizou a instalação da cerca.

Um morador que não quis se identificar acionou a Brigada Militar para fazer o registro de ocorrência de abandono e também de maus tratos dos animais. O senhor, que por medo de represálias não quis se identificar contou que várias vezes tentou conversar com as pessoas que vem provocando a baderna no local, mas foi ameaçado algumas vezes.