Polícia

Montenegro: Ministério Público denuncia por feminicídio companheiro de personal trainer morta por asfixia

O casal estava junto há pelo menos dez anos e o crime ocorreu no dia 26 de janeiro de 2024 após uma discussão.

Montenegro: Ministério Público denuncia por feminicídio companheiro de personal trainer morta por asfixia
Montenegro: Ministério Público denuncia por feminicídio companheiro de personal trainer morta por asfixia

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) denunciou por feminicídio na quarta-feira, dia 7 de fevereiro, o companheiro da personal trainer Débora Michels, de 30 anos, encontrada morta na frente da casa dos pais em Montenegro, no Vale do Caí. O homem, de 48 anos, foi denunciado por homicídio qualificado pela questão de gênero, dentro de um contexto de violência doméstica e familiar, por motivo torpe, por meio cruel, já que houve asfixia, e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima.

O casal estava junto há pelo menos dez anos e o crime ocorreu no dia 26 de janeiro de 2024 após uma discussão. O acusado confessou o delito à polícia e, no momento, se encontra preso preventivamente. Em depoimento, afirmou que a companheira perdeu a consciência depois de tê-la jogado contra um móvel da casa onde moravam juntos. Após isso, o homem resolveu abandonar o corpo, sob um cobertor, na calçada em frente à residência dos pais de Débora e fugiu.

O promotor de Justiça Paulo Eduardo de Almeida Vieira, responsável pela denúncia encaminhada ao Poder Judiciário, ressalta que o fato do homem ter colocado o corpo da vítima na frente da casa de familiares causou uma abalo moral, psicológico e emocional aos pais dela. Segundo ele, um caso que nunca tinha visto antes nos 30 anos que atua como promotor de Justiça.

“Um caso extremamente grave, caracterizado pela brutalidade e pela insensibilidade moral. E que, com certeza, merecerá a devida censura pelo júri devido a sua gravidade. Esperamos que este processo tramite o mais rápido possível e logo chegue ao Tribunal do Júri para que, então, a sociedade de Montenegro possa dar a resposta devida à tamanha brutalidade e gravidade da conduta praticada pelo acusado”, ressaltou Paulo Eduardo de Almeida Vieira.