O primeiro passo para a construção de um novo projeto para Caxias do Sul. Esse é o objetivo da Mobilização por Caxias, movimento capitaneado por 21 entidades da sociedade civil caxiense e que realiza o primeiro seminário neste sábado a partir das 8h30min no bloco J da Universidade de Caxias do Sul. O objetivo do encontro, que deve reunir cerca de 100 pessoas, é identificar os problemas que ameaçam o desenvolvimento econômico e social do município e apontar as ações necessárias para superá-los, num esforço conjunto dos setores privado e público, projetando a cidade para 2040.
O presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC), Nelson Sbabo, defende que o grande objetivo do encontro é iniciar a discussão sobre uma nova matriz econômica para Caxias do Sul. “Nós buscamos criar esse grupo que vai pensar Caxias do Sul para o futuro. Nós estamos limitando até 2040 para buscar uma nova matriz econômica. Nós temos que valorizar aquilo que temos aqui. Nós temos aqui o maior polo de produção de hortifrutigranjeiros. Temos vinícolas com rótulos que são exportados para o mundo inteiro. Temos potencial turístico que não está sendo aproveitado e divulgado. É isso que nós precisamos agora, com a criação desse grupo de trabalho”, argumenta.
O programa do seminário prevê um dia inteiro de trabalho, em dinâmica de grupos. Os participantes serão divididos em 21 grupos temáticos, que ficarão encarregados de identificar e hierarquizar os problemas de Caxias do Sul, além de propor soluções e projetos. Ao final desta etapa, os grupos deverão apresentar relatórios em plenária. Concluída esta fase, haverá um debate e a definição dos próximos passos do movimento.
Entre as metas para consolidação da Mobilização por Caxias está a criação de um Conselho de Desenvolvimento a elaboração do Plano Estratégico de Desenvolvimento visando a década 20/30. A iniciativa segue o exemplo de cidades como Maringá (PR) e Joinvile (SC), onde iniciativas desta natureza em décadas anteriores apresentaram resultados satisfatórios.
Os grupos temáticos são: agronegócio; ambiente amigável aos negócios e atração e manutenção de investimentos; assistência à infância; assuntos comunitários (Festa da Uva, Maesa e outros); cidades inteligentes; comércio; desenvolvimento econômico e social; educação; empreendedorismo; esporte, cultura e lazer; e indústria.