O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira foi o palestrante da reunião-almoço desta sexta-feira, dia 2, na Câmara de Indústria Comércio e Serviços (CIC), em Caxias do Sul. Ele falou sobre o planejamento das negociações e acordos comerciais do Brasil com outros países, mas se esquivou dos questionamentos sobre supostos recebimento de propina.
Pereira é investigado pela Operação Lava Jato, acusado de receber R$ 7 milhões de propina, segundo foi revelado pelas delações premiadas dos executivos da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, Alexandrino Alencar, Fernando Reis e Hilberto Mascarenhas Filho. Em outra delação o dono da JBS, Joesley Batista, afirma ter favorecido o ministro com R$ 6 milhões em troca da aprovação de um empréstimo de R$ 2,7 bilhões junto a Caixa Econômica Federal. Questionado sobre as denúncias Pereira se esquivou.
“Não vou falar sobre isso, meus advogados já falaram a nota que eu soltei é o que está valendo”, disse.
Na nota o ministro se defendeu das acusações e disse as fatos narrados nas delações não são verdadeiros.
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Durante a palestra Pereira que também é presidente do PRB, destacou as ações que vem realizando frente ao ministério, entre elas a assinatura de acordo comerciais e de cooperação com países como Moçambique, Angola, México Malauí, Chile, Peru e Colômbia e adiantou que os próximos parceiros deverão ser Índia, Jordânia, Marrocos e Etiópia.
O futuro da indústria também foi tema do encontro, o ministro se mostrou atento as discussões sobre a Indústria 4.0, que traz o conceito de “Fábricas Inteligentes”, e utilizam sistemas de manufatura avançados em seus processos. Pereira finalizou a palestra salientando a importância das reformas trabalhista, da previdência e da tributária para a retomada econômica do Brasil.
O prefeito de Caxias do Sul, Daniel Guerra (PRB), acompanhou a apresentação do ministro Marcos Pereira que também é presidente nacional licenciado do PRB. Sobre as denúncias de corrupção que envolvem a liderança do companheiro de partido, Guerra disse que as investigações devem ocorrer independente dos nomes envolvidos e elogiou a Operação Lava Jato.
“Eu penso que toda e qualquer situação, seja quem for e de onde for, que possa ter algo que mereça ter o aprofundamento e a investigação a fundo, ao se confirmar qualquer irregularidade deve ser punida com o rigor que está previsto na lei. Sou um apoiador incondicional do juiz Sérgio Moro e da Operação Lava Jato e tantas outras operações”, destacou.
