O Ministério Público denunciou uma pessoa de 36 anos, moradora de Caxias do Sul, por homicídio simples decorrente de aplicação de silicone industrial em Santa Cruz do Sul. A vítima morreu no dia 31 de agosto, quatro dias depois de realizar procedimento estético nas nádegas e no quadril.
Para o promotor de Justiça Flávio Eduardo de Lima Passos, a denunciada assumiu o risco de matar a ofendida ao realizar o procedimento que produziu as lesões. O laudo pericial aponta morte por síndrome séptica secundária a injeção de silicone industrial.
O promotor detalha que a demandada, residente em Caxias do Sul, foi até a casa da vítima, em Santa Cruz do Sul, no dia 27 de agosto. Na denúncia, Passos descreve que, de forma clandestina e em local impróprio, a acusada passou a injetar silicone industrial no corpo da ofendida.
Passadas algumas horas, a vítima começou a sentir-se mal, tendo sido socorrida e encaminhada para o Hospital Santa Cruz, onde ficou internada até o dia de sua morte.
Relembre o caso:
Melani Aguiar, uma mulher transexual, de 20 anos realizou uma aplicação de silicone industrial nos glúteos, de forma clandestina no Vale do Rio Pardo. Contudo, por complicações após a aplicação ela foi hospitalizada no dia 27 de agosto. A mulher não resistiu e veio a óbito na mesma data, o caso resultou em investigações de um esquema irregular de aplicações de silicone.
Segundo os dados divulgados pela delegada Ana Luiza Aita Pippi de Santa Cruz do Sul, responsável pela investigação, foi possível chegar a autora do procedimento, por meio de mensagens telefônicas da vítima. A autora da aplicação é de Caxias do Sul e já é conhecida pela polícia por aplicar silicone em transexuais em todo o Rio Grande do Sul.
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Fonte: Ministério Público