O Ministério da Agricultura informou que três novos focos da gripe aviária de alta patogenicidade (IAAP, vírus H5N1) em ave silvestre foram detectados no Brasil.
No total, há 72 casos da doença em aves silvestres no País e dois focos em produção de subsistência, de criação doméstica. De acordo com o ministério, há outras cinco investigações em andamento, com coleta de amostra e sem resultado laboratorial conclusivo.
RS declara estado de emergência zoossanitária devido a gripe aviária
O Rio Grande do Sul declarou estado de emergência em saúde animal para enfrentamento da influenza aviária de alta patogenicidade. O Decreto 57.133/2023, assinado pelo governador em exercício Gabriel Souza, foi publicado na segunda edição do Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (28/7).
A medida permite uma resposta mais rápida em casos de novos focos de gripe aviária, tendo em vista a confirmação de múltiplas ocorrências em outras unidades da federação. No momento, o Rio Grande do Sul não tem registro de foco de influenza aviária na avicultura comercial ou na de subsistência.
O governador em exercício Gabriel Souza, que é também médico-veterinário, reforçou que o consumo de carne de frango no Estado não representa qualquer risco para a saúde humana, em razão de não terem sido registrados focos da doença. “Os gaúchos e gaúchas podem manter a tranquilidade. O Estado segue firme na vigilância e está agora, com esse decreto, ainda mais preparado para agir na prevenção contra a gripe aviária”, enfatizou.
O secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Giovani Feltes, explicou que o estado de emergência terá vigência de 180 dias, podendo ser prorrogado conforme a situação epidemiológica da doença. “O Rio Grande do Sul segue a recomendação do Ministério da Agricultura ao declarar estado de emergência para permitir respostas ainda mais ágeis, caso necessário”, acrescentou.
Feltes ainda destacou que o serviço veterinário do Estado tem sido extremamente ativo. “No final de maio, foi registrado o primeiro e único foco da gripe aviária na Reserva do Taim, mas não se alastrou para outras regiões graças à organização e ao planejamento do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal”, lembrou.
O Brasil já havia declarado, em maio deste ano, estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional. O estado de emergência possibilita agilizar questões administrativas e jurídicas, para aquisição mais rápida de equipamentos e produtos quando necessário ou para acessar recursos disponíveis para o combate à doença, por exemplo.