A 18ª Jornada da Viticultura Gaúcha realizada nesta quarta-feira, 27, no Distrito de Faria Lemos em Bento Gonçalves, foi concluída com um painel sobre as perspectivas climáticas primavera/verão.
O clima influencia sobre as videiras e define as potencialidades das regiões para a cultura. Ele interage diretamente com outros componentes do meio natural, como solo e as técnicas de cultivo da videira.
Mesmo sem poder controlar a natureza, as informações climáticas são indispensáveis para que os produtores adotem medidas como antecipação ou retardo do plantio e até contratação de seguro agrícola.
Calor antecipado, frio atrasado ou mesmo geadas fora de época são mudanças climáticas que afetam diretamente na qualidade e na quantidade de frutas de clima temperado, como é caso da uva.
A meteorologista Stael Sias, painelista no evento, declarou que o inverno será dentro da normalidade e o mês de julho não deverá ter ondas extremas de frio como registrado em junho, mas, haverá períodos de geada e até possibilidade de neve.
O alerta é para a ocorrência de El Nino que se dará na transição entre a primavera e o verão, provocado pelo aquecimento das águas do pacífico produzindo mais umidade no Rio Grande do Sul.
” A chuva pode ser mais frequente e com volumes até mesmo acima da média histórica, trazendo um impacto no ciclo vegetativo da uva, influenciando no sabor e na acidez da fruta, com risco de impacto negativo pelo excesso de umidade.”
Acompanhe o boletim da meteorologista Stael Sias em relação e projeção do clima para inverno e primavera/verão.